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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Especialistas do Ministério da Saúde visitam hospitais de Juiz de Fora


Objetivo é verificar a situação da saúde mental no município, reformular e ampliar serviços

Especialistas do Ministério da Saúde visitaram hospitais de Juiz de Fora nesta sexta-feira (15). Uma proposta de reformulação do atendimento a pacientes psiquiátricos e a criação de uma rede de atenção especializada devem ser analisadas.


Os representantes vieram à cidade a convite da prefeitura, em um primeiro momento para verificar a situação da saúde mental do município. O projeto é bem maior, e tem como objetivo reformular o que já existe, ampliar serviços aos pacientes e criar uma rede de atenção especializada. Para isso será elaborado um plano de ação a curto, médio e longo prazo.

'A saúde mental em Juiz de Fora sempre foi muito focada na assistência hospitalar, e hoje nós temos recursos extra hospitalares que fazem com que, com a rede sendo bem planejada e articulada, no futuro não tenhamos mais necessidade desse recurso para internação. Nós poderemos usar, por exemplo, a internação nos hospitais clínicos, que hoje vários municípios no Brasil já utilizam', destaca o secretário municipal de saúde, José Laerte.

O trabalho já começa na próxima segunda-feira (18) com o início da realização de um censo com pacientes psiquiátricos. A estimativa é que 400 estejam internados em hospitais e clínicas da cidade. O objetivo do censo é descobrir o número real, quem são eles, se têm família, os cuidados que realmente necessitam.

O censo deve começar pelo Hospital São Domingos, que atualmente atende a 110 pacientes. Pela manhã os técnicos visitaram outros dois hospitais: o João Penido, que conta com 14 leitos para pacientes psiquiátricos, sete deles ocupados por ordem judicial, além do Ana Nery, que tem 32 leitos.

Como nenhum dos dois hospitais é credenciado, as visitas aconteceram para verificar a estrutura e avaliar a possibilidade de credenciamento. Os técnicos devem voltar à cidade outras vezes após o resultado do censo sair.

'Passou-se o tempo de acreditar que só a internação psiquiátrica resolve o problema de pacientes graves. Precisamos de uma rede mais ampla e diversificada de serviços. Esses pacientes não precisam só de internação, mas de outros tipos de atendimento, inclusive das outras áreas da medicina', ressalta o coordenador nacional de Saúde Mental, Cristopher Surjus.

Por MGTV TV Integração
de Juiz de Fora

Fonte: Mega Minas

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

FESTIVALE: Medina acolhe a festa da cultura popular do Jequitinhonha, que termina amanhã



Coral Araras Grandes - Araçuaí
 O primeiro FESTIVALE aconteceu na cidade de Itaobim no ano de 1980. Desde então, o festival levanta questões sociais e políticas que remetem diretamente às condições de vida da população regional. Ele é um instrumento de resistência contra a política de destruição da cultura popular e, apesar das dificuldades para a sua produção, resiste ano após ano. Medina, cidade situada no médio Jequitinhonha, com aproximadamente 21.000 habitantes, é a sede do 30º Festivale que ocorre entre os dias 20 e 26 de janeiro de 2013. A cidade, que permaneceu dez anos sem receber o evento, acolhe, com um verão chuvoso, pessoas vindas de diversas cidades do Vale do Jequitinhonha, de Minas Gerais, do Brasil e do exterior.

Durante os seis  dias de evento acontecem feira de artesanatos, mostras teatrais, festival da canção (homenageando, neste ano, Luciano Camargo), noite literária “Adão Ventura”, mostra da cultura popular “Maria Trovão” e shows com artistas renomados do Vale do Jequitinhonha.

Grupo de Teatro Arte Vida - G. Valadares
Jardel Mendes, agente cultural da cidade de Medina e colaborador da comissão organizadora, afirma  que a expectativa para o FESTIVALE “é promover uma discussão sobre as conquistas, dificuldades, avanços e potencialidades que o movimento cultural do Vale conquistou, além de fomentar um diálogo sobre a cultura local”. Para ele, é importante pensar “qual FESTIVALE a gente tinha, qual FESTIVALE a gente tem e qual o FESTIVALE a gente pretende alcançar.”

Abel Sicupira, secretário adjunto da FECAJE – Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha, ressalta os desafios para realização do 30º Festivale. Ele lembra do pouco tempo que a comissão organizadora teve para  a produção do evento, em comparação às outras edições do festival,  com consequente prejuízo na mobilização e divulgação do evento. Além disso, Sicupira destaca a questão climática das chuvas do mês de janeiro como fator desfavorável para realização de algumas atividades. Mas ele reforça que o FESTIVALE não é um evento “qualquer”. “Medina está recebendo um Festivale de 30 anos, um evento símbolo de resistência cultural do Brasil”.

Comissão de Política, Planejamento e Gestão prepara congresso de agosto


A Comissão de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, se reuniu nos diaS 16 e 17 de janeiro, em Belo Horizonte, para trabalhar na preparação do II Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde a ser realizado em agosto deste ano, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na reunião foram definidos alguns dos temas que o congresso discutirá, assim como as comissões científica e organizadora local. A comissão aproveitou o encontro para definir e manter uma agenda de cooperação entre pesquisa e gestão, sempre visando reduzir as desigualdades em saúde no Brasil.

Durante a reunião, o presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva - Abrasco, Luis Eugenio de Souza, foi recebido pelo Secretário de Saúde do Estado de Minas Gerais, Antônio Jorge de Souza Marques, e sua equipe, para confirmar o apoio que esta Secretaria dará ao evento de agosto. Participou do encontro a vice presidente da Abrasco, Dra Eli Iola Gurgel de Andrade, Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG.

Para o presidente da Abrasco a expectativa é fazer um II Congresso de alta qualidade acadêmica “Queremos fazer um evento que fortaleça a produção e a difusão de conhecimento científico acerca da política e da gestão da saúde, contribuindo para avançar o movimento da Reforma Sanitária a favor do SUS universal e igualitário, cuja implantação encontra forte oposição na crescente mercantilização da saúde", resume Luis Eugenio.

A Comissão tem caráter acadêmico e mantém ampliada a discussão que identifica as questões teóricas e metodológicas mais relevantes para o desenvolvimento da investigação na área. Também é objetivo desta Comissão da Abrasco estimular a aproximação entre os centros de produção científico-acadêmico e os gestores do SUS, num esforço comum de aprimoramento do sistema de saúde brasileiro.

O I Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde foi realizado em 2010, em Salvador – BA, em parceria com o ISC – Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia.

Fonte: Abrasco

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Humanização é realidade no Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte


Um detalhe chama a atenção de quem circula por qualquer um dos dois Centros de Parto Normal do Hospital Sofia Feldman, em Belo Horizonte: os quartos foram batizados com nomes de personalidades femininas importantes da história mineira e nacional, como Dona Beija, Chica da Silva e Adélia Prado. A homenagem é coerente com a filosofia de atendimento humanizado dessa maternidade de grande porte, em que se incentiva o protagonismo da mulher no parto.

Por várias razões, a experiência desse hospital na atenção ao parto e nascimento é referência nacional em atenção humanizada e boas práticas. Muitas das características da ambiência hospitalar e da dinâmica de trabalho aparecem como recomendações do programa Rede Cegonha do Ministério da Saúde. O recém-inaugurado Centro de Parto Normal Helena Greco (nas dependências do prédio principal) conta com cinco quartos espaçosos e iluminados e três com banheiras para parto na água. E o Centro de Parto Normal David Capistrano da Costa Filho (com entrada independente), criado em 2001 e conhecido como Casa de 

Parto, conta também com cinco quartos, um com banheira.
Mesmo sendo referência para alta complexidade em todo o estado de Minas Gerais, a taxa de cesariana no Sofia Feldman é de cerca de 25%, menor do que a da rede pública como um todo. O hospital apresenta também as menores taxas de mortalidade materna e neonatal de Belo Horizonte, segundo informações da Comissão Perinatal da Secretaria Municipal de Saúde. Dos mais de 7 mil bebês que nascem ali, cerca de 10% nascem na Casa de Parto.

Os partos feitos ali são assistidos por enfermeiras obstétricas, como Nágela Cristine Pinheiro Santos, que está há 16 anos no Sofia Feldman e ajudou a elaborar o projeto do espaço e a desenvolver dispositivos para dar mais conforto à mulher, como um arco de metal adaptado à cama, que facilita a posição de cócoras. “A Casa de Parto Normal dá à mulher poder de decidir o que quer na hora do parto, como em que posição ficar”, diz Nágela, que esteve em maternidades da região Nordeste e da Amazônia Legal para difundir suas experiências por meio do Programa de Qualificação das Maternidades (PQM) e, em fevereiro, participou de um seminário de humanização no Camboja. “Medidas simples como um chuveiro quente ou uma cortina separando leitos em uma enfermaria conjunta dão resultado imediato de mais conforto e privacidade”, conta. Ela lembra, porém, que a humanização é mais do que o ambiente confortável. “A instituição como um todo precisa entender e incorporar a humanização”.

O diretor administrativo do hospital, Ivo Oliveira Lopes, concorda. “Alguns direitos, para serem garantidos, não demandam recursos. Nós, gestores, temos o dever de preservá-los. O parto é da mulher, não um ato médico. Assistir o parto não é tomar o lugar da mulher, e o enfermeiro obstétrico, ao lado de todos os outros profissionais, é fundamental”, considera. “A tecnologia que chega é muito bem-vinda, mas para quem tem necessidade real, não por uma necessidade mercantilista”, reforça o médico, que destaca o reconhecimento obtido pelo Sofia como Hospital Amigo da Criança, conferido pelo Unicef, e o Prêmio Maternidade Segura, recebido da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Segundo ele, os bons resultados são devidos principalmente à participação da comunidade. “A gestão participativa determina os rumos da humanização”, explica ele, acrescentando que esse aspecto esteve presente no hospital desde o início de sua história. Construído em sistema de mutirão por voluntários da comunidade a partir da doação de um lote para uma sociedade beneficente, o Sofia Feldman foi inaugurado, ainda como ambulatório, em 1977, passando a atender como hospital em 1982.

Em 1988, a entidade mantenedora passou a ser a Fundação de Assistência Integral à Saúde (Fais). Hoje, é uma instituição pública, não governamental, que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As questões administrativas do hospital são definidas e decididas pelo colegiado diretor, composto por 16 pessoas de diferentes perfis profissionais. 

Todos os dias, são promovidas reuniões com parturientes e acompanhantes para avaliar o atendimento. “Queremos entender a singularidade de cada ser humano e da sua rede social. Oferecer atendimento baseado em evidências científicas é o mínimo”, explica Ivo, para quem a humanização passa também pelas relações entre trabalhadores e gestores. “Mulheres são 80% das nossas trabalhadoras, por isso as questões de gênero estão ainda mais presentes”, diz. O Sofia dispõe de academia e creche para as funcionárias, e promove ações de comunicação e eventos de integração entre a família do trabalhador e o hospital.
Há ainda o Núcleo de Terapias Integrativas e Complementares, que atende tanto funcionários quanto gestantes e mães com bebês internados, com práticas da medicina tradicional, como escalda-pés e auriculoterapia. A enfermeira Lília Coelho Lopes está à frente do núcleo e trabalha com uma equipe de voluntárias. “O objetivo é estimular os processos de cura internos. É um trabalho coadjuvante ao da alopatia, que representa o acolhimento e diminui a ansiedade das gestantes”, diz Lília.

Manejo conservador
Com 40% da mulheres provenientes do interior do estado, o Sofia precisou desenvolver iniciativas criativas para atendê-las, que foram incorporadas ao modelo de gestão do hospital. A Casa da Gestante Zilda Arns recebe gestantes com agravos em um espaço próximo ao hospital, evitando viagens desgastantes de ida e volta para casa para aqueles que moram distante do hospital, e até partos antecipados. Já a Casa de Sofias acolhe mães que vêm de longe e têm filhos internados na UTI neonatal. Criadas por iniciativa dos gestores, passaram a ser financiadas pelo Ministério da Saúde através da adesão ao programa Rede Cegonha.

“Para um prematuro, ficar quatro semanas a mais dentro do útero significa viver ou morrer”, explica a pediatra Raquel Aparecida Lima de Paula, responsável pela área de neonatologia do hospital, que reforça a importância do manejo conservador das gestações de risco. “A política pública mais eficaz consegue reduzir os gastos com atenção terciária. De modo geral, a família tem excesso de confiança na tecnologia, mas a melhor incubadora é o útero da mãe. Historicamente há uma inversão, com muitos recursos para a atenção terciária, como construção de UTIs neonatais. Os equipamentos são caros e não resolvem a questão principal”, comenta a médica.

Raquel aponta como um dos pontos positivos do Rede Cegonha a correção das distorções da tabela de procedimentos obstétricos e neonatais. Ela acredita que o programa pode representar uma inflexão no modelo de assistência e “começa a inverter essa lógica de assistência da obstetrícia e da neonatologia. É como se o que nós idealizamos aqui pudéssemos ver no Brasil inteiro”.    



sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Especial Cultura Negra - Rede Saúde e Cultura Minas Gerais

A Rede Saúde e Cultura Minas Gerais está preparando para o mês de janeiro e fevereiro de 2013 uma coletânea especial sobre Cultura Negra e Cultura e Saúde Negra.

A intenção é prestar a devida homenagem à relevância de constituição da identidade nacional, por parte da cultura negra, seguindo-se de uma coletânea especial da cultura indígena, prevista para março e abril de 2013.

Desta forma, pretende-se colaborar para a discussão, ampliação e divulgação dos trabalhos realizados para entendimento e aprofundamento de nossas raízes culturais, procurando trazer à nossa prática de trabalho os ensinamentos adquiridos aí.

Os materiais sobre cultura negra divulgados neste blog terão a marcação/tag "Especial Cultura Negra", o que ocorrerá também no caso dos indígenas, com o "Especial Cultura Indígena".

Fique atento e pesquise mais sobre essas culturas através de nossa nuvem de marcadores, busca no site, ou através dos links presentes em nosso menu superior, à esquerda:


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Arquivo de notícias: ESP-MG implanta Oficina de Educação Popular em Saúde Mental

ESP-MG implanta Oficina de Educação Popular em Saúde Mental

Começa no dia 27 a Oficina de Educação Popular em Saúde Mental para Populações Assentadas e Acampadas em Projetos de Reforma Agrária de Minas Gerais, primeira experiência de educação popular em saúde mental da Escola de Saúde Pública do Estado (ESP-MG). Serão duas turmas direcionadas a lideranças de saúde de assentamentos e acampamentos e a trabalhadores de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS-MG), totalizando um público estimado de 140 pessoas.

O objetivo principal da Oficina é contribuir para o desenvolvimento de ações de promoção, prevenção e cuidados em saúde mental para populações assentadas e acampadas em projetos de reforma agrária em Minas Gerais (Regiões Norte, Vale do Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce, Triângulo Mineiro, Região Oeste, Sul, Zona da Mata e Metropolitana). A ação pretende também identificar as práticas de cuidado em saúde mental já adotadas pelas lideranças de saúde, viabilizar a troca e compartilhamento dessas práticas, promover uma aproximação entre os trabalhadores rurais e os profissionais de saúde, construir linhas de cuidado em saúde mental, envolvendo as práticas já utilizadas pelas lideranças de saúde e os serviços/ações do SUS. "A Oficina propõe a promoção do conhecimento, de vivências e reflexões sobre saúde mental e uso abusivo de álcool nos assentamentos e acampamentos, seus determinantes e impactos, bem com sobre as possibilidades de intervenção ", explica Ana Regina Machado, coordenadora do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde da ESP MG.

Metodologia A Oficina será desenvolvida com a utilização de uma metodologia dialógica, que favoreça o conhecimento crítico da realidade, a valorização dos saberes locais, a relação entre teoria e prática, e a articulação dos diversos atores sociais envolvidos na produção de cuidados em saúde mental. Serão utilizadas exposições dialogadas, rodas de conversa, oficinas práticas, dramatizações, visitas para intercâmbio de experiências e vivências com práticas e grupos.

A construção da proposta da Oficina No ano de 2011, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) apresentou algumas reivindicações junto ao Governo de Minas e à Secretaria de Estado de Saúde, entre elas o desenvolvimento de uma ação em saúde mental que pudesse contribuir para a abordagem de alguns problemas observados nos assentamentos e acampamentos, como o uso abusivo de bebidas alcoólicas, as dificuldades para abordagens das situações de crise em saúde mental e a violência. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), por meio da Superintendência de Redes de Atenção à Saúde, respondeu a esta reivindicação com a criação de um grupo de trabalho, que elaborou o projeto da Oficina.

Fonte: CRM-MG

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Arquivo de notícias: Fique por dentro das conferências de saúde

A prefeitura de Belo Horizonte disponibiliza link para os relatórios das conferências de saúde.

Saiba mais na página da PBH

Fique por dentro das conferências de saúde

Arquivo de notícias: Encontro com Coordenadores Estaduais de Saúde Mental

 Aconteceu entre os dias 09 e 10 de outubro/12 uma reunião de trabalho com Referências Técnicas em Saúde Mental do Nível Central e Regionais da SES/SUS-MG. A convocação foi feita pela Coordenação Estadual de Saúde Mental, da Superintendência de Redes de Atenção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, realizada no 9º andar do Ed. Gerais da CAMG¹ (sala modular nº 14)

Iniciamos com a palestra do Dr. Marco Antônio Bragança de Matos referente à Modelagem das Redes de Atenção à Saúde – com ênfase em uma oficina de alinhamento conceitual, frisando que a Atenção Primária tem que ser o centro da rede, pois ela é a porta de entrada para tudo; a partir daí,s e não for de sua competência, existe a rede secundária e terciária para o segmento do tratamento e resolução do problema, isso torna a rede secundária e terciária apta para se adequar quanto à economia de escala privilegiando o acesso com qualidade. Sempre privilegiar o acesso de acordo com o PDR², mas é bom estarmos atentos que territorialização não é somente uma divisão geográfica, mas também se leva em conta a situação de saúde daquela determinada população.

Logo após, tivemos o relato da experiência do CAPS de Matias Barbosa, da SRS Juiz de Fora (Macro Sudeste), apresentados pela RT de Saúde Mental Luciméa Mendonça e Coordenadora do CAPS Gabriela Faria.

A equipe da CESM nos apresentou várias situações em andamento, a começar pela Dalva, sobre os diversos Processos Jurídicos em andamento; seguido da explanação criativa da Andréa e Leandro, utilizando trechos do Filme Bicho de Sete Cabeças... terminamos o primeiro dia com Informes sobre Deliberação, DataSus, PNASH e Plano de Ação.

No segundo dia, Rubia Cerqueira Persequini Lença do Ministério da Saúde, apresentou a Nota Técnica do Ministério da Saúde nº 42/2012 (17/09/2012) sobre a Portaria nº 854/SAS, de 22 de Agosto de 2012. Foi um longo estudo e discussão sobre tal portaria, a fim de nortear as ações a partir da sua implantação. Também expôs sobre a situação das pactuações RAPS/2012 (pendências e orientações diversas).

No final, fomos contemplados com a apresentação do Prof. Dr. Mark Drew Crosland Guimarães sobre a pesquisa – Análise de Situação de Serviços Públicos de Saúde Mental em Minas Gerais (Projeto Pessoas II); entregando a cada um dos presentes um exemplar do livro publicado.

Terminamos o dia com Tanit Sarsur conduzindo o encerramento e alinhando com todos nós, presentes, a denominação de nosso grupo de trabalho, que passa a se chamar CÂMARA TÉCNICA DE SAÚDE MENTAL com encontros mensais. Após esse último ato, ela apresentou a divisão Macro das referências para cada Unidade Regional de Saúde.

    P.S. Entre a apresentação da Rúbia Persequini e Dr. Mark Drew, alguns técnicos fizeram um depoimento para o Canal Minas Saúde de Televisão sobre experiências, conceitos e perspectivas referente ao Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro) – criado pela OMS para mostrar aos Governos de todo o mundo a relevância do assunto. O primeiro a depor foi Marcos Alexandre de F. Moreira (Manhumirim), seguindo por Rúbia Persequini (Brasília), Helena Paiva (Pouso Alegre), Tanit Sarsur (Belo Horizonte), Lúcia Reis (Uberlândia), entre outros... confiram no canal!

 Por: Marcos Alexandre de Faria Moreira
Graduado em História e Especialista em Gestão Territorial de Saúde
Referência Técnica em Saúde Mental da Gerência Regional de Saúde de Manhumirim

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Integrantes da Rede Saúde e Cultura: Sidney do Carmo e a história da Saúde e da Cultura

 RISCO DE PERCURSO
 
Sidney do Carmo
 
Palavra chave: transformação social – contexto histórico

Em 1880 as idéias positivistas de Auguste Conte disseminavam-se pelo mundo, tanto que no Brasil, criava-se o IAPB (Igreja e Apostolado Positivista do Brasil), acontecia o Primeiro Congresso Internacional de surdos, em Milão, divulgando-se a língua de sinais, a linguagem dos símbolos; tínhamos os rumores do parnasianismo na escrita. 

Em cena uma época de fortíssimas teses e acontecimentos; em cena um cenário de contradições. Nasce o sanitarista e visionário Ezequiel Caetano Dias, Ezequiel Dias. Numa época em que se configurava um labirinto de indagações, entre instâncias próprias da revelação para a ação de um discurso revestido pelo que tem de mais pulsante: a prática ajuizando o ato. Surge, pois, o gerado, no antagonismo da oferta e da recusa e são estes ingredientes ímpares que emolduram a personalidade de Ezequiel Dias. 

O Brasil como na famosa frase de Euclides da Cunha seria uma criação da teoria política. Nesta chave, interpretar o Brasil deve obedecer ao esclarecimento das relações efetivamente existentes entre homens e deles com seu ambiente natural, mas criá-lo, elaborando instrumentalmente instituições, pessoas e valores sociais. Devemos nos debruçar sobre a questão de saber quais são as condições da vida social que determinam, pelo menos em parte, as diferentes formas e espécies de conhecimentos, quais as condições de realizações em um mundo que somente é aceito por ele na medida em que sofre a sua intervenção. Intervir é coisa do corpo! Foi assim que em 1893, no balcão de uma farmácia no bairro das laranjeiras no Rio de Janeiro, estava um menino de doze anos, esguio, magro, com olhos negros e brilhantes, que ajudava os serviços do estabelecimento.

 Ezequiel Dias já iniciara sua aventura alquímica num ambiente onde a teoria e a prática dialogava numa simbiose que lhe inspirou o desejo de cursar farmácia. Porém, mais que atenuar os sofrimentos, ao então jovem estudante de farmácia preocupava a origem da doença, sendo este o motivo de sua dedicação. Num certo dia de 1899, um visitante trazia ao estudante “o convite de um tal Dr. Oswaldo Cruz para uma conferência prévia, que, certamente, se seguiria ao emprego, bem remunerado. Contudo é importante transcrever aquele que foi o primeiro diálogo profissional entre Oswaldo Cruz e Ezequiel Dias, conforme o livro Ensaios escrito por Octávio de Magalhães. 
“Em que ano está o senhor
- No terceiro.
Tem medo da peste?
- Não. Senhor.
Está disposto a trabalhar tantas horas quantas forem necessárias para cumprir as suas obrigações, sem dependência de nenhum horário fixo? - Perfeitamente.
Agora uma última pergunta, a qual ligo muita importância: o senhor conhece alguma cousa de bacteriologia? O moço teve um momento de dúvida: exercia sobre si o inesperado cargo de auxiliar de um verdadeiro cientista; além dos proventos que daí lhe adviria; de outro lado, a consciência, que compelia a dizer a verdade. Optou por esta, deixando-se, porém, cair, interiormente, numa crise de abatimento moral. - Não, senhor.
“Pois está muito bem; é essa uma das condições exigidas”.

A partir daí torna-se o principal colaborador de Oswaldo Cruz na luta pela saúde, motivada inicialmente pela ameaça da peste bulbônica, que, depois de uma longa trajetória pela Europa, havia chegado as Américas.

Na seqüência, aportou em outubro de 1899 a cidade de Santos, requerendo das autoridades estratégias rápidas de controle desta doença. Criou-se de imediato em Oswaldo Cruz , ao constatar que já contava com um colaborador, o desejo de fundar filiais (laboratórios) nos estados  brasileiros, difundindo as doutrinas científicas de sua escola, o que representava uma necessidade num país assolado por tantas endemias.

Teve Ezequiel Dias a incumbência de fundar a filial de Manguinhos nos da primeira década de Belo Horizonte.

Em Minas Gerais, a filial de manguinhos foi uma espécie de braço das Ciências biológicas no Estado, pois promovia, como no Rio de Janeiro, reuniões semanais em sua biblioteca para discutir artigos científicos nacionais e estrangeiros, as quais passaram a comparecer médicos e professores da cidade, dando origem á faculdade de medicina, em 1911, e iniciando uma colaboração duradoura que uniu a pesquisa, a produção e o ensino.”

Isto porque o grupo laureado por Oswaldo Cruz tinha este costume na capital brasileira, que recebia influência francesa de modos de pensar e agir, onde este grupo tinha acesso a um importante jornal: La Gazette, que se dedicou a este tema da medicina social. Só para se ter uma idéia, entre 1848 -1868 surgiram na imprensa francesa cerca de sessenta jornais dedicados ao tema.

Ezequiel Dias teve sua orientação social, ele acreditava na missão sociológica de sua função para atenuar os sofrimentos dos desvalidos e desprovidos de informação; E desta forma, conseguiu articulações num tempo de encontros paradoxais. De um lado, a promessa da modernidade, o surgimento do cinema e de outro, as epidemias disseminando-se em grande parte a população brasileira que não tinha acesso sequer ao saneamento básico. Ele mesmo sentia isto no corpo, e sua ação era a convergência deste “estado”. Advogava em favor desta causa mesmo doente. Ele mesmo sentia isto no corpo, e sua ação era a convergência deste “estado”. Vimos em Ezequiel Dias uma figuração apontada por Everardo Duarte Nunes em seu livro: “Sobre a Sociologia da saúde”- há, contudo uma faceta importante que precisa ser dita em que o determinismo geográfico e os fatores culturais correspondem ao estar inserido no espaço, no espaço como curso da história no dizer de Milton Santos, pois no corpo (aquele corpo doente), a doença altera o ritmo de vida, já que todos nós vivemos num determinado ritmo, pela cultura e hábito e, sobretudo naquilo onde estamos inseridos e não se apagam as marcas do lugar em que estamos. Nossa situação no tempo e no espaço faz a diferença. Ao diferir, conferimos. A diferença faz-nos falar. Tanto que Ezequiel Dias mesmo doente organizava em sua casa vários saraus científicos e literários e nestes brotaram estudos em Minas na discussão sobre o câncer e textos literários de escritores franceses.

Nestes saraus lia-se com fervor Charles Baudelaire. Em Belo Horizonte, era rodeado por amigos e admiradores como o memorialista Pedro Nava que comenta: sua postura era daquele que o olho escuta o silêncio do corpo que fala e uma dedicação pelo detalhe do detalhe, fruto de suas investigações no laboratório de microbiologia e leituras simbolistas.

Quando Ezequiel Dias começou a verdadeira independência científica, ao lado de Oswaldo Cruz, havia um clima em que só se pensava “no amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim”.

Em 1917, escreveu a primeira lição de microbiologia da faculdade de Medicina de Belo Horizonte, como também, uma conferência: “Um problema resolvido”, dessa feita sobre o escorpionismo. Referindo-se ao escorpião disse:

“vive muito bem no campo, de preferência entocando-se sob as pedras onde lhe apraz hibernar demoradamente, impassível, sóbrio, em prolongada modorra, alheio á movimentação harmoniosa da natureza”.

Em 1918, publica “O Instituto Oswaldo Cruz”, resumo histórico sobra à casa de Oswaldo Cruz.

 Um risco não do ofício
 
Aquele que foi farmacêutico, médico e pesquisador por pouco seria engenheiro. Havia feito a promessa para sua irmã de estudar engenharia seguindo exemplos de seus antepassados. Mas a proximidade familiar, seu pai era médico e o contexto da época que viveu as relações traçadas, o convívio num cenário entre saúde e a doença, o clamor de mudanças, fizeram com que tomasse partido pela questão social. Nãos e cala um gesto conduzido pelo olhar social, não há como apagá-lo, pois o ato é um ensaio da posse no espaço, função corpórea, articulada como modelo como reflexo, como um grito. Lukács nos lembra que a consciência vai ao ponto de declarar que a transformação das idéias em realidades é um pensamento profundo, muito importante do ponto de vista histórico.

Em Ezequiel Dias o conhecimento é por fim/foi uma construção do fazer saúde pública neste país que ainda constrói e firma sua identidade.

Faleceu em 1922, no ano do acontecimento da semana de arte moderna no Brasil.

 
Do autor
Historiador, Poeta e artista cênico, Sidney José do Carmo nasceu em Belo Horizonte. Em fins dos anos 80, atuou intensamente no grupo performático Vírus Mundanus``, encenando autores como os franceses Baudelaire, Rimbaud, Válery, Lautréamont e os alemães Paul Celam e Georg Trakl, além do norte- americano Edgar Alan Poe e os brasileiros Murilo Mendes, Drummond, Dantas Mota e Augusto dos Anjos. Desde o início dos anos 90, vem realizando pesquisas na fronteira literatura/saúde pública, com suporte da Fundação Ezequiel Dias – Desenvolveu na Escola de Saúde Pública de Minas Gerais o Projeto Saúde Com Cultura na cidade de Diamantina entre 2002 a 2004. É Articulador do projeto Ciência em Movimento da Funed.

Referências bibliográficas
Octávio de Magalhães – Ensaios – 1951.
 Passantes da Agonia- publicado na revista mineira de saúde pública, n.01- junho/2002;

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Observatório de Iniciativas: Um Plano Articulado para Cultura e Educação

Atenção mineiros, especialmente os que se encontrarem AMANHÃ, dia 26 de setembro de 2012, em Belo Horizonte. Ocorrerá a partir das 14h o Encontro de Mobilização para a Pesquisa-Ação "Um Plano Articulado para Cultura e Educação, na Funarte, MG. Veja abaixo maiores detalhes e faça sua inscrição!


Inscrições: divulgacaomg@cultura.gov.br. Gentileza informar nome, instituição, e-mail e telefone

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Observatório de Iniciativas: Movimento Minas e Economia Criativa

Escuta: Economia Criativa

O Movimento Minas quer escutar você que trabalha com economia criativa. Queremos saber de você empreendedor, arquiteto, músico, educador, artista, designer, médico, engenheiro, programador, seja qual for sua atividade profissional, você que alia sua atividade econômica com a imaginação, qual sua opinião sobre o tema. Queremos ouvir pessoas de diferentes realidades e com experiências diversas!

O objetivo desta escuta é captar percepções quanto às principais questões que envolvem a economia criativta, os desafios, as soluções, os riscos, enfim, informações relevantes para o debate sobre o desenvolvimento deste segmento. Em seguida formularemos colaborativamente uma questão para o próximo quebra-cabeça do Movimento Minas.

Lançaremos, aqui na plataforma virtual, esse desafio que estará aberto para sugestão de ideias e soluções. Os autores das melhores ideias serão convidados para um evento de agregação de propostas. Este encontro é destinado a desenhar de forma colaborativa alguns pré projetos para que sejam testados na prática.  Participe preenchendo o formulário abaixo.
  
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