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sábado, 25 de janeiro de 2014

Suicídio deve ser tratado como questão de saúde pública

Ao ano, quase um milhão de pessoas morrem em decorrência de suicídio. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ato está entre as dez causas de morte mais frequentes em muitos países do mundo. No Brasil, são registradas 10 mil mortes por ano, com uma taxa de 4,8 a cada 100 mil habitantes, em 2008. Depois destes dados, podemos pensar o suicídio como uma questão de saúde pública? Especialistas na área de saúde mental defendem que sim. E acreditam que esses números podem diminuir se aumentarem os debates sobre o assunto. É o que faz a Fiocruz, por meio de pesquisas, projetos e capacitações. Profissionais de diversas áreas buscam desmitificar esse tabu e oferecer um melhor acolhimento a quem busca ajuda no Sistema Único de Saúde.


A troca de informações sobre suicídio pode ser muito útil para diminuir esses índices. A OMS estima que 90% dos casos podem ser evitados quando há oferta de ajuda. Em geral, seis meses antes de consumar o ato, pessoas com pensamentos suicidas procuram ajuda com profissionais, em especial em clínicas médicas. Esta constatação, feita pelo Grupo de Pesquisa de Prevenção do Suicídio (PesqueSui/Icict/Fiocruz), questiona o atendimento primário à saúde. "Quem já tentou o suicídio tem um risco ainda maior. Toda tentativa precisa ser olhada com atenção", diz a psicóloga Clarice Moreira Portugal, pesquisadora no grupo.

O PesqueSui realiza estudos sobre suicídio e ideação suicida, o uso de emergências psiquiátricas pela população e métodos de educação em massa sobre saúde mental. Em 2012, o grupo lançou o livro Trocando seis por meia dúzia – Suicídio como emergência do Rio de Janeiro, organizado pelo pesquisador Carlos Estellita-Lins. A obra relata o atendimento, nas emergências dos hospitais da cidade, a pacientes que tentaram se matar. Estellita diz que entre as principais dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde no atendimento desses casos no Brasil estão a precariedade na formação em urgências psiquiátricas e em suicidologia. "Precisamos admitir que o suicídio é uma questão que diz respeito a todos os profissionais de saúde. Todos nós devemos buscar capacitação profissional para lidar com isto", afirma.

Nos últimos 45 anos, as taxas de morte por suicídio tiveram aumento de 60% no mundo, como mostra a OMS, ficando entre as três causas de morte mais frequentes em populações de 15 a 44 anos, em alguns países, e a segunda maior causa em grupos de 10 a 24 anos, em outras regiões. Nas populações brasileiras, houve um crescimento de suicídio entre os jovens, idosos, além de uma interiorização dos casos. Em 2008 foram registrados altos índices nas regiões de Amambaí e Paranhos, ambos no Mato Grosso do Sul: 49,3 e 35 casos de suicídio por 100 mil habitantes, respectivamente, segundo o DataSUS – Banco de dados do Sistema Único de Saúde. Em Ibirubá (RS), 34,5. Já Nova Prata do Iguaçu (PR) está em 15º lugar no Brasil, com 24,7 casos. Em Mato Grosso do Sul, as comunidades indígenas tem taxas bem elevadas. No Rio Grande do Sul a incidência é maior em comunidades de colonos ou aquelas ligadas à indústria fumageira.

Essas são as informações registradas. Mas o que acontece muito é a subimputação e mesmo subregistro dos óbitos. Ao examinar no DataSUS as mortes por causas externas o PesquiSui verificou uma ampla fatia de óbitos não especificados. É possível que mais de 20% destes sejam suicídios não investigados ou deliberadamente subtraídos no preenchimento do atestado.

'Falar sobre suicídio não provoca o suicídio'

Por ser um tabu, existem limitações para abordar o tema. Na tentativa de evitar mais casos, o Ministério da Saúde propos, em 2005, a Estratégia Nacional de Prevenção ao Suicídio, a qual cria grupos de trabalho, diretrizes nacionais, seminários, além do Manual de Prevenção do Suicídio para Profissionais das Equipes de Saúde Mental, lançado em 2006. Entre as ações da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), um manual de imprensa esclarece jornalistas sobre termos específicos e traz um panorama com dados e informações gerais que permitem uma compreensão mais adequada da saúde mental; e uma outra publicação, o livreto Comportamento suicida: conhecer para prevenir, orienta profissionais da imprensa sobre como abordar o tema, preservando o direito à informação e contribuindo para a prevenção.

"Falar sobre suicídio não provoca o suicídio", diz a especialista em saúde mental Maria Fernanda Cruz Coutinho, que também integra o PesqueSui. "Colocar a questão em pauta na mídia, nas escolas e instituições permite que se converse mais sobre isto. É preciso fazer circular, de modo global, informações a pacientes, familiares e profissionais da saúde", reforça.

Além do PesqueSui, na Fiocruz, outras iniciativas desenvolvem trabalhos e projetos estratégicos em saúde mental para capacitar profissionais da saúde, qualificar o campo de pesquisa e fortalecer políticas públicas de saúde, de direitos e do cuidado integral em saúde mental e de campos relacionados. Dentre estes podemos citar o Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental (Laps), vinculado à Escola Nacional de Saúde Pública e o Grupo de Trabalho em Saúde Mental, que fica na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), dentro do Laboratório de Educação Profissional em Atenção à Saúde (Laborat). A pesquisadora Nina Soalheiro, associada aos dois grupos, ressalta que a atenção básica, enquanto porta de entrada da rede pública de saúde, "pode e deve identificar os sinais, a gradação do sofrimento, as características que o paciente com tendência suicida apresenta, seja por meio de pensamentos de desesperança, desespero ou desamparo". Nina coordena o curso de especialização técnica de nível médio em saúde mental na Escola Politécnica, que, assim como o curso de especialização do Laps/Ensp, coordenado pelo professor Paulo Amarante, inclui em seu currículo a discussão sobre o suicídio como um problema e uma desafio para a saúde pública.

Suicídio no Brasil: documentário apresenta dados epidemiológicos, percepção social e formas de enfrentamento do problema

Além destas ações, a Fundação também aposta em meios de ampliar o acesso à informação. A pedido do PesqueSui, o historiador e documentarista Eduardo Thielen, da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz, teve um novo desafio: transpor os debates sobre saúde mental para a linguagem audiovisual, criando imagens e textos para comunicar as informações. O resultado foi positivo. Embora o grande desafio tenha sido como encarar o tema, que é um tabu, o filme Suicídio no Brasil conseguiu abordar o tema falando que o fato existe, mostrou os grupos de risco e a que fatores estão associados.

"A proposta era dar uma introdução geral à ideia de suicídio, com base nas pesquisas feitas, em especial às do PesqueSui, com uma linguagem compreensível à maioria da população", diz Thielen. Para dar a 'voz do povo' ao documentário, ou seja, uma opinião sob o ponto de vista do senso comum, foram feitas entrevistas com transeuntes na Praça XV, no Centro do Rio de Janeiro. Lá, mais surpresas. "O mais curioso foi a facilidade das pessoas ao falar sobre o assunto. Quando levantamos o tema, sempre havia um ou outro com histórias para contar".

A ideia de Thielen é que o documentário tenha uma segunda parte, para abordar grupos de risco, como adolescentes, idosos e indígenas. Para os interessados em saber mais sobre a questão, Thielen recomenda o filme nacional Elena, idealizado a partir das lembranças da diretora Petra Costa sobre sua irmã que cometeu suicídio.

O vídeo Suicídio no Brasil está em acesso aberto na internet. Para os interessados em obter uma cópia, os pedidos podem ser feitos com a VideoSaúde Distribuidora.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Abertas as inscrições para a Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA A SEMANA NACIONAL CIÊNCIA, CULTURA E SAÚDE

Três eventos compõem a Semana que, entre os dias 3 e 5 de dezembro, levará práticas e atividades que relacionam Cultura, Saúde e outros temas para o Rio de Janeiro

Direito à diversidade nos cuidados à saúde é o tema central da Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde a ser realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 3 e 5 de dezembro. O encontro tem por objetivo promover o intercâmbio de experiências, o diálogo, e proporcionar o aprendizado e a construção coletiva entre atores das áreas da saúde, cultura, educação, meio ambiente, desenvolvimento científico, tecnológico e social, além dos movimentos sociais.

Três eventos compõem a Semana: o I Encontro Nacional da Rede Saúde e Cultura, o VIII Simpósio de Ciência, Arte e Diversidade em Saúde e o I Conexão Internacional Saúde e (Ciber) Cultura. Os dois primeiros são presenciais e as atividades devem acontecer em espaços no Rio de Janeiro, como a Cinelândia, Palácio Gustavo Capanema (centro da cidade), Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, no campus da Fundação Oswaldo Cruz (Manguinhos) e no Instituto Municipal de Atenção a Saúde Nise da Silveira, Engenho de Dentro (RJ). Já a Conexão Internacional ocorrerá no ambiente virtual da Rede Saúde e Cultura.

As inscrições para o encontro foram abertas esta semana e encerram no dia 26 de novembro. Foram elencados nove temas para discussão: Práticas Tradicionais em Saúde; Práticas integrativas e complementares em saúde; Equidade em saúde e cultura; Saúde Indígena; Saúde Mental; A Arte e o cuidado à saúde (promoção, prevenção e reestabelecimento da saúde); Controle social, participação e solidariedade; Acesso a conhecimentos e expressões culturais tradicionais e Necessidades de formação para apoiar a gestão, os serviços e as práticas na interface saúde e cultura. Os interessados podem inscrever no endereço http://www.saudecultura.fiocruz.br/encontro/

Apresentações artísticas culturais como o “Auto da Paixão” da Dra. Nise da Silveira, cortejo de rua, rodas de conversa, lançamento da publicação “Retratos da interface entre Cultura e Saúde no Brasil”, além de trocas de experiências e exposição de práticas integrativas entre saúde e cultura são atividades programadas. A Semana é promovida pela Fiocruz, por meio da FIOCRUZ Brasília – Programa de Educação, Cultura e Saúde (Pecs) -, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict); pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, (SCDC/MinC); pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão Participativa, pelas Secretarias Estaduais de Cultura e Saúde do Rio de Janeiro, e pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, por meio do NÚCLEO DE CULTURA, CIÊNCIA E SAÚDE, com a colaboração de movimentos sociais, entre outros.

A Rede Saúde e Cultura atuará na gestão e sistematização de informações e conteúdos multimídia para a dinamização das iniciativas de cultura e saúde. O objetivo é a troca de experiências e a comunicação entre estas iniciativas por meio de um espaço virtual e a realização de ações presenciais por todo o país.

O que é a Rede Saúde e Cultura?

A Rede Saúde e Cultura tem como principal missão promover a saúde e a qualidade de vida. Para isso, tem como proposta atuar por meio da gestão colaborativa, em que os agentes das áreas de saúde e cultura dialogam com outras políticas relacionadas. Sua atuação tem como base o pensar e o fazer por meio do diálogo, com respeito à diversidade baseada na troca de saberes e conhecimentos variados.

As ações promovidas pela Rede buscam a participação democrática, de modo que seus participantes possam construir, compartilhar e trocar experiências. Por meio deste trabalho, a Rede potencializa as ações que envolvem saúde e cultura no Brasil e possibilita a interação entre as pessoas que atuam neste segmento.

Serviço:
Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde
Data: 3 a 5 de dezembro
Local: Rio de Janeiro
Informações: (61) 3329-4521 / 4604 / 4522 | redesaudecultura@fiocruz.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Saúde e Cultura se encontram na Semana Nacional de Ciência, Cultura e Saúde



Em busca da melhoria da qualidade de vida e da promoção da participação social, atores das áreas da saúde, cultura, educação, meio ambiente, desenvolvimento científico, tecnológico e social se reúnem entre os dias 3 e 5 de dezembro na Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde, que será realizada no Rio de Janeiro. O objetivo do encontro é promover o intercâmbio de experiência, o diálogo, e proporcionar o aprendizado e a construção coletiva entre estes diversos atores, além dos movimentos sociais.

Durante a Semana, estão previstas várias atividades que relacionam Saúde, Cultura e outros temas em diversos espaços do Rio de Janeiro, como o Palácio Gustavo Capanema, localizado no Centro do Rio de Janeiro, o campus da Fiocruz e o Hospital Psiquiátrico Nise da Silveira, localizado no Engenho de Dentro (RJ). A programação conta com a apresentação de práticas e manifestações artísticas culturais, rodas de conversa, troca de experiências e exposição de práticas integrativas entre saúde e cultura, que serão realizadas nestes espaços.

A partir do tema central Direito à diversidade nos cuidados à saúde, serão abordadas as seguintes temáticas: saúde mental, educação popular em saúde, prevenção de DST/HIV, conhecimentos e práticas tradicionais em saúde, humanização, promoção da saúde, práticas integrativas e complementares, entre outros.

Três eventos compõem a Semana: o I Encontro Nacional da Rede Saúde e Cultura, o VIII Simpósio de Ciência, Arte e Diversidade em Saúde e o I Conexão Internacional Saúde e Cultura. Os encontros têm como finalidade mapear, mobilizar e estimular a reflexão crítica e sistematizada entre cidadãos, profissionais, gestores e sociedade civil organizada sobre as interações existentes entre estes campos. Entre os resultados, é esperada a construção colaborativa de princípios e diretrizes de ação da Rede Saúde e Cultura.

A Semana é promovida pela Fiocruz, por meio da FIOCRUZ Brasília – Programa de Educação, Cultura e Saúde (Pecs) -, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict); pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, (SCDC/MinC); pela Secretaria de Gestão Participativa do Ministério da Saúde, pelas Secretarias Estadual e Municipal de Cultura e Saúde do Rio de Janeiro,  por movimentos sociais, entre outros.

A Rede Saúde e Cultura atuará na gestão e sistematização de informações e conteúdos multimídia para a dinamização das iniciativas de cultura e saúde. O objetivo é a troca de experiências e a comunicação entre estas iniciativas por meio de um espaço virtual e a realização de ações presenciais por todo o país.

O que é a Rede Saúde e Cultura?
A Rede Saúde e Cultura tem como principal missão promover a saúde e a qualidade de vida. Para isso, tem como proposta atuar por meio da gestão colaborativa, em que os agentes das áreas de saúde e cultura dialogam com outras políticas relacionadas. Sua atuação tem como base o pensar e o fazer por meio do diálogo, com respeito à diversidade baseada na troca de saberes e conhecimentos variados.

As ações promovidas pela Rede buscam a participação democrática, de modo que seus participantes possam construir, compartilhar e trocar experiências.

Por meio deste trabalho, a Rede potencializa as ações que envolvem saúde e cultura no Brasil e possibilita a interação entre as pessoas que atuam neste segmento.

Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde
Data:
3 a 5 de dezembro
Local:
Rio de Janeiro

Informações:
(61) 3329-4521 / 4604 / 4522 | redesaudecultura@fiocruz.br

Fonte: Rede Candanga 

sábado, 6 de outubro de 2012

Arquivo de notícias: Seminário que debate Direito e Saúde ocorre na ENSP/Fiocruz em outubro

VII Seminário Internacional Direito e Saúde
XI Seminário Nacional Direito e Saúde

Direitos Humanos, Saúde, Movimentos Sociais

O Grupo Direitos Humanos e Saúde Helena Bessarman (Dihs) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizará, durante os dias 23 e 24 de outubro de 2012, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), o VII Seminário Internacional Direito e Saúde e XI Seminário Nacional Direito e Saúde: Direitos Humanos, Saúde e Movimentos Sociais. O encontro visa debater, entre pesquisadores, educadores e estudantes, assuntos relacionados à saúde, democracia, direitos humanos e justiça.

Organização:

Grupo Direitos Humanos e Saúde Helena Besserman (Dihs) e Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental (Laps) da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP) / Casa de Oswaldo Cruz (COC) / Centro de Pesquisa René Rachou (CpqRR) / Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV) / Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec) / Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) / Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj) / Escola Superior de Advocacia (ESA) / Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) / Centro Payson de Desenvolvimento Internacional – Tulane University / Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra/PT
Realização: Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP)

Período de inscrição:

Informações:
seminariodihs2011@ensp.fiocruz.br
Tel: (21) 3882-9222 ou 3882-9223.

Não há cobrança de taxa de inscrição.
Serão emitidos certificados.

Inscrições Abertas

Observações: Não há cobrança de taxa de inscrição. Serão emitidos certificados e haverá contagem de 16 horas para estágio OAB para os alunos de Direito.



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