quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Lançada a plataforma política “Juventudes contra Violência”


O Fórum das Juventudes realizou, na noite do dia 12 de agosto, o lançamento da plataforma política Juventudes contra Violência. O evento aconteceu na Casa dos Jornalistas de Minas Gerais e reuniu cerca de 150 pessoas, entre jovens, integrantes de grupos parceiros do Fórum, representantes do poder público, candidatos/as e membros de partidos políticos. A data também marcou as comemorações do décimo aniversário do Fórum, criado em agosto de 2004, e do Dia Internacional da Juventude, estabelecido pela ONU em 1999. Fruto de um intenso processo colaborativo entre coletivos, movimentos e entidades com atuação no campo das juventudes e direitos humanos, a plataforma Juventudes contra Violência estabelece 10 pautas prioritárias para que sociedade civil e governos se comprometam com o enfrentamento às violações de direitos sofridas pela população jovem.
O primeiro momento foi conduzido pelo professor e pesquisador Juarez Dayrell e pela cientista social Áurea CarolinaFreitas, que refletiram sobre momentos significativos ligados à história do Fórum. Naquela época, ressaltou a dupla, o debate sobre os direitos da população jovem era bastante incipiente, e os movimentos juvenis se esforçavam para inserirem suas pautas de reivindicação na agenda política. Juarez destacou alguns eventos importantes para a consolidação do coletivo: o Fórum Social Mundial e o I Fórum Social Brasileiro, ambos em 2003, e a I Conferência Nacional de Juventude, que aconteceu em 2008. “Nossos esforços se voltavam à institucionalização de políticas públicas para esse segmento e à criação de um espaço de interlocução com o poder público”, explicou Juarez, um dos fundadores do Fórum e também do Observatório da Juventude, programa de ensino, pesquisa e extensão vinculado à Faculdade de Educação da UFMG.
A ativista Áurea Carolina Freitas, que integra o Fórum desde sua criação, lembrou que, no ano de 2004, a principal preocupação do grupo era pressionar o poder público a explicitar quais seriam as políticas públicas de juventude na capital e em cidades da Região Metropolitana. “Nos anos seguintes, buscamos criar espaços de convergência e formular pautas comuns entre os diversos coletivos, movimentos e entidades que compunham o Fórum. Discutíamos, principalmente, o direito à cidade e sua importância para acessar outros direitos”, completou Áurea. Ela lembrou que a plataforma política Juventudes contra Violência é resultado do acúmulo e da experiência do Fórum com ações de mobilização, articulação e incidência política. “Nossa intenção é contribuir para que os candidatos e candidatas se informem sobre esses temas e assumam os compromissos propostos. Junto à sociedade civil, queremos estimular ações de articulação e mobilização”, realçou Áurea.
Processo colaborativo
Na sequência, uma das representantes do Observatório da Juventude da UFMG no Fórum, Priscylla Ramalho, apresentou brevemente o processo de construção da plataforma e realçou o caráter colaborativo da iniciativa, que é fruto de uma articulação entre mais de 40 ativistas atuantes no campo das juventudes e dos direitos humanos em diferentes regiões do país. Priscylla destacou que incidir no processo eleitoral não é o único objetivo da plataforma: “esperamos levar essas pautas a muitos outros setores da sociedade civil, além de ampliar o diálogo com o poder público”.

Nesse momento, o grupo também apresentou as possibilidades de adesão à plataforma. Ativistas autônomos/as, grupos da sociedade civil organizada e candidatos/as podem manifestar seu apoio à iniciativa preenchendo um formulário específico na página web da plataforma, o que implica em um comprometimento integral com os 10 eixos programáticos. Os nomes dos/as apoiadores/as serão publicizados em diferentes seções desse website.
Além disso, grupos, coletivos e organizações da sociedade civil em todo o país podem realizar atividades livres que dialoguem com os conteúdos da plataforma, como debates, seminários, rodas de conversa e saraus de poesia.
Clique aqui para apoiar a plataforma Juventudes contra Violência.
Eixos temáticos


Outro momento importante do encontro foi a apresentação dos dez eixos programáticos da plataforma por integrantes do Fórum. São eles: Acesso à Justiça; Direito à Cidade; Democratização das Comunicações; Enfrentamento ao Genocídio da Juventude Negra; Fortalecimento da Democracia Participativa; Fortalecimento do Sistema Socioeducativo; Políticas Sociais; Novo Modelo de Segurança Pública e Desmilitarização das Polícias. Além de uma análise crítica sobre o contexto ligado a essas pautas, as apresentações destacaram algumas das propostas sugeridas para melhorar a vida dos/as jovens.
Acesse aqui os os dez eixos programáticos da plataforma.
Fonte: boletim Fórum das Juventudes

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Estão abertas as inscrições para o Edital Comunica Diversidade Edição Juventude

Estão abertas as inscrições para o  Programa Comunica Diversidade 2014: Edição Juventude, que vai premiar jovens entre 15 e 29 anos que desenvolvam iniciativas de comunicação voltadas à cultura. O prêmio é uma parceria entre o MinC, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Universitária José Bonifácio.
Os projetos que concorrerão ao prêmio deverão contemplar ações ligadas a um dos seguintes eixos: educar para comunicar; produção de conteúdos culturais; distribuição de conteúdos culturais; meios/infraestrutura para a comunicação; comunicação e protagonismo social; e comunicação e renda. Todos devem ser inéditos e cada candidato poderá apresentar somente uma iniciativa cultural para a seleção.
Podem participar brasileiros natos ou naturalizados e estrangeiros residentes no Brasil há mais de três anos, que desenvolvam iniciativas de comunicação para cultura. Serão 10 prêmios para jovens entre 15 e 17 anos; 25, entre 18 e 24 anos; e 25, entre 25 e 29 anos. Todos os prêmios terão valor bruto de R$ 14 mil.
As inscrições poderão ser feitas gratuitamente até 5 de novembro de 2014, por meio da internet (sistema SALICWEB), e-mail (comunicadiversidade@gmail.com) ou pelos Correios.
*Com informações do site Cultura e Mercado

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Índios defendem cultura popular, desenvolvimento sustentável e visão integrada da realidade

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A sabedoria dos “povos da floresta” compartilhada com cerca de cem participantes do módulo 

(Foto: Caique Cahon)
Em seu novo livro “O Futuro Chegou”, o sociólogo italiano Domenico de Masi defende que o Brasil oferece o melhor modelo para o futuro da sociedade. Duas entre inúmeras razões são a formação populacional mestiça e a sabedoria indígena, à qual, segundo o pesquisador, o Brasil deveria “boa parte de sua esfera inconsciente e emotiva”, adequada ao contexto natural. A sabedoria desses “povos da floresta” pôde ser constatada, na manhã desta quarta-feira, 13, quando três lideranças indígenas deram aula a mais de cem participantes do módulo “Cultura Indígena na brisa da cura” do curso de extensão e disciplina “Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais”.
(Foto: Caíque Cahon)
Benki Ashaninka, reconhecido internacionalmente pela aplicação do modelo e desenvolvimento sustentável em comunidade no Acre, na fronteira entre o Peru e o Brasil(Foto: Caíque Cahon)
Os índios Ailton Krenak, Álvaro Tukano e Benki Ashaninka revezaram-se na roda formada por estudantes de graduação, pós-graduação e comunidade externa para apresentarem a trajetória de vida de cada um e a luta em defesa das causas indígenas, que, para eles, também devem ser de toda a população. No Jardim Botânico da UFJF, na Mata do Krambeck, o trio entoou cânticos, orações e levou tinta natural de urucum para compor a palestra em meio a revoadas de maritacas.
Reconhecido internacionalmente pela aplicação do modelo de desenvolvimento sustentável na comunidade Ashaninka, no Acre, na fronteira entre Peru e Brasil, o líder Benki defendeu a indissociabilidade entre seres humanos e natureza como condição fundamental para o funcionamento harmônico do planeta. O indígena relatou ainda os esforços realizados para demarcar o território de seu povo, reflorestar mais de 21 mil hectares da área, realizar o manejo da flora e fauna e combater narcotraficantes e madeireiros.“Fomos ensinados por nossos avós a fazer o replantio de árvores se precisarmos tirar uma delas para montar uma casa ou canoa. Isso é para mantermos a existência da floresta para as próximas gerações diferentemente do que vimos acontecer por aí”, disse.  
A partir de trabalhos com adolescentes, Benki fundou o Centro de Formação Aiyoreka Ãntame, no município acreano de Marechal Thaumaturgo, para difundir a filosofia indígena, valorizar a cultura local e desenvolver práticas sustentáveis. “Era para ter livros sobre a história dos povos indígenas. O que é preciso é respeitá-los, unir as energias de cada um com a sociedade e descobrir momentos oportunos. A ciência não está só na academia”, destacou.
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Álvaro Tukano é uma das principais vozes críticas do país em relação aos embargos em demarcações de terras indígenas (Foto: Caíque Cahon)
Nascido em Minas Gerais, o ambientalista e ex-deputado federal eleito para a Assembleia Constituinte, em 1986, Ailton Krenak elogiou a oferta da disciplina na UFJF. “Nossas universidades devem ser uma importante porta de entrada para o conhecimento não sistematizado, que está nas nossas memórias, nas nossas tradições. As instituições devem ter algumas frestas para poder botar oxigênio, saúde [na produção do saber] assim como essas árvores deixam a luz passar por entre elas”. O indígena criticou a prevalência da “matriz de pensamento europeu, branco, racional, sistemático” no ensino e na pesquisa e a exclusão do conhecimento tradicional ao longo dos séculos. “Somos [os índios] da tribo das pessoas que vivem o que falam”, afirmou, recomendando ainda que o cidadão deveria se esforçar para ter uma visão integrada da realidade, não apenas restrita ao cotidiano local e imediato, sob o risco de não compreender as consequências de crimes ambientais e sociais, mesmo que localizados em terras distantes.
Representante do povo Tukano, situado no município de São Gabriel da Cachoeira, no extremo noroeste do Amazonas, Álvaro Sampaio Tukano é uma das principais vozes críticas em relação aos embargos em demarcações de terras indígenas, à Fundação Nacional do Índio (Funai) e às políticas públicas destinadas a esses povos. No encontro no Jardim Botânico, o ambientalista focou no relato sobre  as dificuldades enfrentadas junto a parlamentares para estabelecer limites aos territórios indígenas e defendeu o trabalho educacionais para essa população.
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Ailton Krenak elogiou a oferta da disciplina na UFJF, abrindo caminho para o conhecimento não sistematizado (Foto: Caíque Cahon)
As aulas dos três líderes ambientalistas, iniciadas na última segunda-feira, 11, e que se estendem até a próxima sexta-feira, 15, não interessou apenas a moradores de Juiz de Fora. A professora de Artes, no Ensino Básico, Marta Prata Soares veio de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, apenas para ouvi-los. A docente mantém interesse na cultura indígena, repassada para seus alunos em sala de aula, e fez curso a distância de Aperfeiçoamento em História e Cultura dos Povos Indígenas, oferecido pelo Centro de Educação a Distância da UFJF. “Mostro os grafismos de cada etnia para os alunos, falo sobre a pintura de urucum. Nesses encontros, a principal mensagem que fica é a de preservação”, disse.
Com a última aula na sexta-feira, a primeira edição do curso e disciplina “Artes e Ofícios dos Saberes Tradicionais” chega ao fim. A iniciativa foi dividida em três módulos semanais consecutivos, o primeiro abordou o tema agroecologia, o segundo apresentou o conhecimento quilombola, e o atual discute questões indígenas. Segundo o coordenador do curso, professor Daniel Pimenta, a disciplina optativa oferece quatro créditos para alunos de graduação, três para os do Programa de Pós-graduação em Ecologia da UFJF e certificado a participantes externos. Nova oferta do curso, no próximo semestre, dependerá de financiamento do Governo Federal. Se considerada a afirmação de Domenico de Masi, de que “a história dos brasileiros é longuíssima, que funda suas raízes nas míticas civilizações tupi e tapuia, e que exatamente desas raízes provém a sua melhor parte”, há ainda motivos sobre o que ensinar.

Fonte: UFJF

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Juventude: ‘Vamos mostrar que a saúde mental é importante para todos nós’

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Juventude 2014, (celebrado em 12 de agosto)

“Uma nova publicação das Nações Unidas mostra que 20% dos jovens de todo o mundo passam por algum problema de saúde mental a cada ano. Os riscos são especialmente grandes na transição da infância para a fase adulta.
O estigma e a vergonha muitas vezes agravam o problema, impedindo-os de buscar o apoio que necessitam. Para o Dia Internacional da Juventude deste ano, as Nações Unidas querem ajudar a levantar o véu que mantém os jovens trancados em uma câmara de isolamento e silêncio.
As barreiras podem ser esmagadoras, especialmente em países onde a questão da saúde mental é ignorada e há uma falta de investimento nestes serviços.
Muitas vezes, devido à negligência e ao medo irracional, pessoas com problemas de saúde mental são marginalizadas não só em relação a um papel na concepção e implementação de políticas e programas de desenvolvimento, como até mesmo em relação aos cuidados básicos. Isso os deixa mais vulneráveis à pobreza, violência e exclusão social, tendo um impacto negativo na sociedade como um todo.
Os jovens que já são consideradas vulneráveis, como os jovens sem-teto, os envolvidos no sistema de justiça juvenil, os jovens órfãos e aqueles em situações de conflito, muitas vezes são mais suscetíveis ao estigma e outras barreiras, deixando-os ainda mais à deriva quando eles mais precisam de apoio. Lembremo-nos de que, com compreensão e apoio, esses jovens podem florescer, trazendo contribuições valiosas para o nosso futuro coletivo.
Temos apenas cerca de 500 dias para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Temos de apoiar todos os jovens, especialmente aqueles que são vulneráveis, para que tenham sucesso nesta campanha histórica.
São necessários amplos esforços em todos os níveis para aumentar a conscientização sobre a importância de investir e apoiar os jovens com problemas de saúde mental. O aumento da educação é crucial para a redução do estigma e na mudança sobre como falamos e percebemos a saúde mental.
A saúde mental é como nos sentimos; são nossas emoções e bem-estar. Todos nós precisamos cuidar de nossa saúde mental para que possamos levar uma vida satisfatória. Vamos começar a falar sobre a nossa saúde mental da mesma forma que falamos sobre a nossa saúde em geral.
Enquanto marcamos o Dia Internacional da Juventude 2014, vamos capacitar jovens com problemas de saúde mental a realizar seu pleno potencial, e vamos mostrar que a saúde mental é importante para todos nós.”
Saiba mais sobre o Dia Internacional da Juventude e sobre o tema em www.un.org/en/events/youthday,
www.onu.org.br/especial/juventude e www.unfpa.org.br
Fonte: http://unicrio.org.br/

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Disciplina discute cultura quilombola em mata do Jardim Botânico da UFJF


Em uma clareira do Jardim Botânico da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), dezenas de pessoas circulavam mestre Tiana, ansiosos por conhecer um pouco mais sobre a cultura quilombola, seus ritos e práticas. O encontro, ocorrido na manhã desta quarta-feira, dia 6, faz parte do segundo módulo do curso de inverno “Artes e ofícios dos saberes tradicionais”, que tem como objetivo estabelecer um diálogo entre os saberes de matrizes afrodescendentes, indígenas e de práticas agrícolas conservacionistas e a produção do conhecimento acadêmico em diversas áreas. Além de ser um projeto de extensão, o curso equivale também a disciplina de graduação e de pós-graduação.
Com o tema “Cultura quilombola, resistência em festa”, o módulo, que segue até sexta-feira, dia 8, aborda conhecimentos ligados a noções de corpo, saúde, cura e doença, natureza, cultura e história a partir das experiências quilombolas. Em meio a tambores, fogueira e cânticos, Sebastiana Geralda Ribeiro da Silva, presidente da Associação Quilombo Carrapato da Tabatinga, situada em Bom Despacho (MG), compartilhou um pouco do que aprendeu ao longo de seus 82 anos, 67 deles atuando como “mestre”, ofício que herdou do avô, aos 15 anos.

Mestre Tiana falou de dança, arte, desenhos, culinária, vestuário, sempre com muita humildade. “Não sou professora e não vim aqui para ensinar nada, apenas para passar esperança a todos.” Ela também destacou a importância do intercâmbio de saberes entre membros da academia e integrantes da cultura quilombola do país. “Acho impressionante que hoje as pessoas estão parando para nos ouvir. Sempre fomos considerados uma cultura ‘inferior’ e hoje as pessoas estão dando mais valor a essa diversidade. Se fôssemos ouvidos desde o início, certamente seríamos um país mais preservado.”
De acordo com Carolina dos Santos Bezerra-Perez, professora do Colégio de Aplicação João XXIII e uma das responsáveis pela organização do módulo, juntamente com o professor Leonardo Carneiro (Geografia), o principal objetivo foi trazer mestres da cultura afrobrasileira para disponibilizar saberes que muitas vezes não aprendidos na academia. Ainda segundo ela, um importante passo foi dado com a sanção da Lei 10.639, que torna obrigatório o ensino da história e cultura afrobrasileira e africana em todas as escolas, do ensino fundamental ao ensino médio. “É preciso desconstruir os preconceitos relativos à cultura negra e conhecer os valores civilizatórios desses grupos. Precisamos formar profissionais com outra sensibilidade.”
A roda também contou com a presença de Paulo Rogério da Silva, de Miracema (RJ) e Jeferson Alves de Oliveira, do grupo de Quilombolas do Tamandaré-Guaratinguetá (SP), que apresentaram um pouco do jongo, dança de origem africana dançada ao som de tambores como o caxambu.

Sobre o curso
Segundo o professor e coordenador do “Artes e ofícios dos saberes tradicionais”, Daniel Pimenta, 80 pessoas participam do curso de inverno, sendo 50 deles de variadas áreas da graduação, cinco da pós-graduação e 25 alunos de fora da UFJF. “Conseguimos alcançar nosso objetivo que era promover um debate interdisciplinar sobre essa cultura popular que muitas vezes não é ensinada nas universidades.” A previsão é de que um novo curso seja criado no próximo semestre, desde que haja demanda. Para este, não há mais possibilidade de participação, já que as inscrições estão encerradas.
O curso termina na próxima semana (11 e 15 de agosto), com o módulo “Cultura indígena na brisa da cura”, que contará com a presença dos mestres indígenas Ailton Krenak e Álvaro Tukano. Neste módulo, os estudantes terão acesso a vários aspectos das culturas de variadas etnias indígenas, abordando suas diversidades filosóficas, religiosas, artísticas e medicinais. Em uma nova roda de conversa, será discutida a preservação dos valores ancestrais e pré-colombianos, que permanecem vivos através da oralidade, e a luta pela resistência espiritual à pressão da atual civilização. Está previsto um novo encontro no Jardim Botânico, em data a ser definida.
O curso foi incluído primeiramente na grade da Universidade de Brasília (UnB), disponibilizado por iniciativa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa (INCTI), que faz parte do programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Diante dos dos resultados positivos obtidos, o Ministério da Cultura, juntamente com Ministério de Ciência e Tecnologia, disponibilizou uma linha de financiamento para que outras cinco universidades pudessem levar essa experiência a seus alunos e a UFJF foi uma das contempladas.
Fonte: Site UFJF
Fotos: Géssica Leine

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

BH vai premiar mestres da cultura popular pela primeira vez

Foto: Glenio Campregher

Estão abertas até o dia 18 de agosto as inscrições para o 1° Prêmio Mestres da Cultura Popular de Belo Horizonte, que irá selecionar e premiar até três cidadãos reconhecidos como patrimônio vivo da cidade com o valor de R$ 15 mil. Representantes de diversos segmentos da cultura popular, como benzedeiras, sambistas, entalhadores e poetisas compareceram às reuniões de apresentação do edital ou foram aos centros culturais e à Diretoria de Patrimônio Cultural para se inscrever.

A iniciativa inédita é da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura (FMC) que, com esse edital, tem o objetivo de reconhecer, premiar e valorizar os detentores dos saberes e fazeres que compõem o patrimônio imaterial de BH, contribuindo para a salvaguarda das tradições culturais da cidade.

Segundo a chefe do Departamento de Identificação, Registro e Promoção da Diretoria de Patrimônio Cultural, Françoise Jean, a partir do edital será possível obter mais informações sobre as manifestações culturais e tradicionais belo-horizontinas, o que é fundamental para a elaboração de novas ações de valorização e proteção da cultura popular. Uma dessas ações, inclusive, já se encontra em andamento. “Até o final de 2014, a FMC irá inaugurar o Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado, proporcionando à cidade um espaço voltado para pesquisa, documentação, difusão e o fomento à cultura popular e tradicional de Belo Horizonte”, afirma.

Inscrições e Prêmio

O candidato deve ter idade igual ou superior a 60 anos e ser residente e atuante em Belo Horizonte há pelo menos dez anos. O edital completo encontra-se na Diretoria de Patrimônio Cultural (DIPC) e foi publicado no Diário Oficial do Município do dia 3 de maio. A DIPC fica na Rua Professor Estevão Pinto, 601, bairro Serra, e seu funcionamento é de segunda a sexta das 9h às 13h e das 14h às 17h. Dúvidas e informações referentes ao edital podem ser esclarecidas, presencialmente, na Diretoria, via e-mail, no endereço eletrônico dvpid.fmc@pbh.gov.br ou pelo telefone (31) 3277-5011.

O prêmio oferecido pela Fundação Municipal de Cultura é uma ajuda financeira ao mestre detentor do saber para que ele continue transmitindo seus conhecimentos. Atualmente, um dos maiores problemas enfrentados por esses patrimônios vivos da capital mineira é a falta da formalização como trabalhador, o que não permite que usufruam de certos direitos decorrentes dela, como a aposentadoria, por exemplo. Além disso, o prêmio permitirá a identificação e o mapeamento das manifestações culturais da cidade e seus mestres, facilitando, posteriormente, um possível registro como patrimônio imaterial.

Mestres

O edital entende por mestres a pessoa física que detenha notório conhecimento, longa permanência na atividade e capacidade de transmissão de saberes, celebrações ou formas de expressões culturais tradicionais. Ele deve ser reconhecido por sua própria comunidade como herdeiro de saberes e fazeres da cultura popular como artes da cura, arte dos ofícios tradicionais, ser líder religioso de tradição oral, brincante, narrador de histórias, poeta popular e liderança de manifestações da cultura popular de caráter sagrado ou profano.

Também estão contemplados no edital mestres de outras categorias culturais que, pelo poder da palavra, da imagem, da oralidade, da corporeidade e da vivência, dialogam, aprendem, ensinam e se tornam memória viva e afetiva da tradição popular. 

Fonte: Portal PBH

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Governo oferece mil vagas em curso de gênero e sustentabilidade

Estão abertas as inscrições para o curso on-line 'Igualdade de Gênero e Desenvolvimento Sustentável' promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Os interessados podem se inscrever diretamente na plataforma Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). 


O curso terá a carga horária de 20h e será realizado nos meses de setembro e outubro. Estão disponíveis mil vagas e as inscrições acabam no dia 29 de agosto.
O MMA tem realizado uma série de cursos a distância com a meta de ampliar o acesso de diversos públicos interessados nos processos de formação e capacitação desenvolvidos pelo órgão. 


O curso pretende sensibilizar e capacitar gestores, de todas as áreas, sobre a questão da desigualdade de gênero e a importância da inserção da perspectiva de gênero nas políticas públicas. Por isso, é destinado, principalmente, a gestores públicos das esferas federal, estadual e municipal, servidores públicos responsáveis pela elaboração de políticas públicas e lideranças da sociedade civil.
A ação está interligada ao Comitê Interno de Gênero do MMA, que tem como proposta incluir questões de gênero e políticas públicas para as mulheres, orientar a execução de ações, projetos e programas das ações afirmativas de gênero e articular com as organizações públicas e da sociedade civil que tenham como objetivo convergir esforços para a eficácia e efetividade de ações.
Capacitação de gestores
No contexto, também está com inscrições abertas, o curso on-line voltado para gestores de órgãos públicos interessados em instituir ações socioambientais. A capacitação será realizado em setembro, com duração de 12 horas. Nesta primeira turma, serão ofertadas mil vagas.
O programa A3P visa estimular a adoção de ações na área de responsabilidade socioambiental nas atividades internas e externas. Para facilitar a sua implantação, o MMA  disponibiliza em seu site uma série de cartilhas com informações sobre a adesão, os eixos temáticos e as metas.
Fonte: Portal Brasil 

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