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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Arquivo de notícia: Mulheres têm o dobro de chances de desenvolver depressão

Enquanto se comemora o Dia da Saúde Mental, nesta quarta feira (10), ddos da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que as mulheres são mais suscetíveis a desenvolver algumas doenças mentais - sobretudo a depressão -, comparativamente aos homens, chegando a proporção de dois casos femininos para cada caso masculino. Em decorrência deste fato, o mesmo estudo revela que as mulheres consomem cerca de 70% dos remédios antidepressivos.

No âmbit da depressão, estima-se que 17% da população adulta mundial pode sofrer de depressão em algum momento da vida, sendo de 154 milhões de pessoas no mundo são acometidas pela doença em um determinado momento.

O psiquiatra Élio Luiz Mauer afirma que esse quadro se reflete nos consultórios e clínicas especializadas. Segundo ele, essa tendência ocorre devido a características fisiológicas e genéticas e em especial a aspectos hormonais, sobretudo a partir dos 50 anos, quando tem início a menopausa. "Além dos fatores descritos, pode-se apontar a participação dos aspectos culturais: as mulheres são mais abertas à possibilidade de procurarem ajuda", afirma Mauer, que há um ano está à frente da UNIICA - Unidade Intermediária de Crise a Apoio à Vida, do Grupo Marista.

Essa abertura das mulheres pode, também, ser expandida para o quadro dos transtornos mentais como um todo, como Transtorno Bipolar e Transtornos da Ansiedade. Para referendar, Mauer citou os dados registrados nesses últimos 12 meses da UNIICA. As mulheres fora maioria, chegando a 62% dos internamentos. "Talvez essa seja uma herança da ideia preconceituosa e errônea de que o transtorno mental seja uma fraqueza e assim rejeitada pela maioria dos homens", explica o psiquiatra

Mauer afirmou ainda que o fato das mulheres terem assumido nosos papeis na sociedade moderna, associados aos demais fatores, acabam acentuando a probabilidade de desenvolver transtornos mentais que tenham a ver com essa nova função. "O estresse é um dos sintomas da modernidade que tem acometido as mulheres de forma mais intensa na atualidade, sendo o fator causal da depressão", ressaltou o psiquiatra.

É importante, de acordo com o psiquiatra, que haja uma percepção dos sintomas mais comuns que revelam um quadro de alteração na saúde mental. É preciso estar atento a falta de ânimo, distúrbios no sono, alterações súbitas de humor, falta ou excesso de apetite e, em alguns casos mais extremos, excesso de manias ou medos sem fundamento. "Os transtornos mentais tem uma vasta gama de sintomas, de acordo com sua natureza. Por isso é fundamental que haja um acompanhamento de um médico especializado que indicará o tratamento mais adequado", explicou Mauer.

Brasil é o país com mais casos em todo mundo

Em uma pesquisa divulgada pela OMS no ano passado, o Brasil lidera o quadro de pessoas com depressão chegando ao impressionante número de 10% da população brasileira. Japão figurou topo da lista como país com menos incidência - de apenas 2,2% da população.

A OMS usou metodologia idêntica em 18 países, divididos de acordo com sua economia. Os de alta renda estudados são Bélgica, França, Alemanha, Israel, Itália, Japão, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e Estados Unidos. Os de baixa e média são Colômbia, Índia, China, Líbano, México, África do Sul, Ucrânia e Brasil - com dados apenas da cidade de São Paulo.

Fonte: Paraná Online

Arquivo de notícias: 10 de Outubro - Dia Mundial da Saúde Mental

“Depressão: A crise global”. 

Mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para a data.

A violência contra as mulheres é um dos fatores que pode levar à depressão e à piora do quadro de saúde mental. 

“Cerca de 350 milhões de pessoas de todas as idades, níveis sociais e nacionalidades sofrem de depressão. E tantos outros – familiares, amigos, colegas de trabalho – estão expostos aos efeitos indiretos desta crise de global saúde que está sendo subestimada.

A depressão diminui a capacidade das pessoas para lidar com os desafios diários da vida e, muitas vezes precipita a ruptura familiar, a interrupção da educação e a perda de emprego. Nos casos mais extremos, as pessoas se matam. Cerca de um milhão de pessoas comete suicídio anualmente, a maioria devido à depressão não diagnosticada ou não tratada.

As pessoas desenvolvem a depressão por uma série de razões e diferentes causas: genéticas, biológicas, psicológicas e sociais, que se conjugam para formar o contexto que serve de gatilho. Estresse, tristeza, conflito, abuso e desemprego podem também contribuir. As mulheres são mais propensas a sofrer de depressão do que os homens, inclusive após o parto.

Existe uma grande variedade de tratamentos eficazes e de custo moderado para tratar a depressão, incluindo intervenções psicossociais e medicamentos. No entanto, eles não são acessíveis a todos, especialmente àqueles que vivem em países menos desenvolvidos e aos cidadãos menos favorecidos em países desenvolvidos.

Entre as diversas barreiras à assistência e serviços estão o estigma social e a falta de profissionais de saúde em geral e de especialistas treinados para identificar e tratar a depressão. É por isso que a Organização Mundial de Saúde (OMS) está apoiando os países através do seu Programa de Ação para Suprir Lacunas na área da Saúde Mental.

A depressão não é simplesmente uma questão para especialistas em saúde. Todos podemos contribuir para aliviar o estigma em torno da depressão e outros transtornos mentais – talvez admitindo que nós próprios possamos ter sofrido de depressão, ou tentando ajudar aqueles que estão agora passando por essa experiência.

No Dia Mundial da Saúde Mental, vamos nos comprometer a falar mais abertamente sobre a depressão. Este é o primeiro passo crítico para remover um dos obstáculos ao tratamento e para ajudar a reduzir a incapacidade e o sofrimento causado por esta crise global.”

Livro de Recursos da OMS sobre Saúde Mental, direitos humanos e legislação (também disponibilizado em português):   

Fonte: UNIC Rio - Centro de Informações das Nações Unidas Rio de Janeiro
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