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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Fundação Cultural Palmares realiza primeira oficina de testes do e-Matriz - Cadastro das Comunidades de Terreiros


Foi realizada em 28 de dezembro, na sede da Fundação Cultural Palmares, em Brasília, a primeira oficina de testes para o Cadastro Eletrônico das Comunidades de Terreiros, o e-Matriz. Representantes de terreiros do Distrito Federal e região testaram a primeira versão do sistema e puderam fazer sugestões de melhoria e tirar dúvidas.

A plataforma, prevista para ser lançada em março de 2013, tem como objetivos principais coletar e sistematizar dados que permitam a formulação, monitoramento, gestão e avaliação das políticas públicas de cultura e das políticas culturais em geral para as comunidades tradicionais de terreiros, além de disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a caracterização das demandas e ofertas de bens e serviços culturais das comunidades.

De acordo com o diretor do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-brasileiro da FCP, Alexandro Reis, o e-Matriz “visa cumprir as determinações do Plano Nacional de Cultura (PNC), especialmente a meta que visa atualizar o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais (SNIIC)”. O PNC foi publicado em julho deste ano pela Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Arquivo de notícias: Povos de Terreiro ganham primeiro espaço para venda de produtos


Promover a geração de renda e a valorização da cultura das religiões de matriz africana é a principal proposta do Espaço Mauanda – arte, moda e cultura afro, que será inaugurado no próximo dia 27, em Lauro de Freitas, Bahia. A iniciativa do Governo do Estado da Bahia, por meio do Programa Vida Melhor-Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), sob coordenação da Casa Civil, vai proporcionar a comercialização da produção de vestuário, artesanato, souvenires e artefatos para decoração elaborados por religiosos dos terreiros de candomblé de Salvador e Região Metropolitana.

O secretário da Casa Civil, Rui Costa, responsável pela coordenação geral do Vida Melhor, ressalta que a partir da inclusão produtiva é possível trazer para o comércio um produto de grande valor agregado. “O fato de o aporte cultural dos povos de terreiro se reverter em benefício para a própria comunidade nos faz ter muito orgulho da ação que estamos realizando.”
Para o coordenador executivo do Vida Melhor-Urbano, Ailton Florêncio, a ação valoriza as atividades desse segmento da população, além de proporcionar a geração de trabalho e renda das famílias. “O espaço vai divulgar o trabalho feito por essas comunidades, gerar sustentabilidade econômica para a atividade artesanal, além de agregar terreiros de todo o estado”.

Incentivo

O Espaço Mauanda integra uma série de ações do Vida Melhor-Urbano, iniciadas em 2011, que fortalecem a produção e comercialização dos Povos de Terreiro. Em novembro, o Espaço Vida Melhor expôs, no Aeroporto Internacional de Salvador, artefatos culturais produzidos por participantes da Rede Mauanda Bankoma. A iniciativa fez parte da programação do Encontro Ibero-Americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI). Neste mesmo ano, o governo entregou 12 máquinas de costura para o Terreiro de São Jorge Filho da Gomeia, no bairro de Portão, em Lauro de Freitas.

Em outubro deste ano, um kit com 12 equipamentos de costura profissional foi entregue para o Espaço Vovó Conceição Terreiro – sediado no Ilê Axé Iyá Nassô Oká (Terreiro da Casa Branca), a fim de melhorar as ações realizadas para a fabricação de vestimentas para religiosos de Matriz Africana de Salvador.

No último dia 14, foi realizado na Praça de Oxum do Terreiro da Casa Branca, o Desfile de Moda e Arte nos Terreiros – Cultura e Empreendedorismo Familiar 2012. Artigos como pano da costa, souvenires, torços, bijouterias e outros, confeccionados por religiosos de 17 terreiros de Salvador e Lauro de Freitas, foram os destaques do evento.

Serviço

Inauguração do Espaço Mauanda.
Quando: dia 27/12, às 16h.
Onde: Espaço Mauanda – Avenida Luiz Tarquínio, nº3324, Lauro de Freitas (ao lado do Corpo de Bombeiros) – Bahia.

Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Governo da Bahia.

Fonte: SEPPIR

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Arquivo de notícias: Coordenadora Nacional do Comitê de Diversidade Religiosa se reúne com lideranças de terreiros de Belém do Pará


Mansu Nangetu sediou encontro de lideranças de terreiros com Marga Janete Stroher.

Mametu Nangetu recebeu a coordenadora Nacional do Comitê de Diversidade Religiosa da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sra. Marga Stroher.

O Mansu Nangetu sediou nesta segunda feira, o encontro com a Coordenadora Nacional do Comitê de Diversidade Religiosa, Marga Janete Stroher, com lideranças dos Povos Tradicionais de Terreiros e com o Comitê Inter-religioso do Estado do Pará. 

Durante o encontro foram distribuídas cartilhas sobre diversidade religiosa e direitos humanos produzido pela Secretária de Direitos Humanos da Presidencia da República/ SDH. 

Mametu Nangetu abriu o diálogo fazendo uma apresentação do espaço do Mansu, falou sobr e a Nkisiani para a qual o Mansu se dedica e agradeceu a presença de Marga e de todos os presentes, em especial as lideranças de terreiros e os sacerdotes das demais religiões que compõe o comitê inter-religioso do Pará.


É preciso nos unir para enfrentar os preconceitos religiosos.

Marga apresentou aos convidados o que a SDH pretende com essas visitas, disse que o importante é poder interagir mais de perto com as queixas de intolerância religiosa vividas no cotidiano da população, e acrescentou que e que é cada vez mais necessário fazer este trabalho, pois a mídia ignora completamente este assunto. 

Para ela,  “A maneira de agir é fazer com que as pessoas se coloquem nos lugares das outras, onde se percebam como produtores dessa intolerância", pra exemplificar ela contou que certa vez numa discussão com os evangélicos, um senhor disse que o que não aceitava nas religiões africanas era a morte de animais, Marga, então, lhe perguntou: "Vocês não estão usando sandálias e bolsas de couro, não comem carne todos os dias?" e a partir dessas perguntas simples ela conseguiu fazer com que esse senhor refletisse sobre o sacrifício ritualístico. 

Táta Kinamboji falou das formas sutis de intolerância religiosa e racismo contra as populações de terreiros. Falou das leis e da atuação da polícia. Disse que a Lei do silêncio é usada para calar os tambores de terreiros, mas que a Lei do silêncio vale para bares e casas de show, e não se aplicam aqo culto religioso, tanto que não calam os sinos das Igrejas católicas que soam as 6h da manhã.

Continuou falando da vigilância sanitária e da atuação da Agência de Defesa Agropecuária do Pará - ADEPARÁ - a combater o transporte de víveres das ilhas até os portos de Belém. Contou da ação da ADEPARÁ que no mês de agosto reprimiu o transporte e o comércio de animais (principalmente cabras e porcos) vindos dos quilombos no arquipélago do Marajó para aportar e comercializar na área do Ver-o-peso. Para Kinamboji, essas são as politicas institucionalizadas e orquestradas por grupos fundamentalistas cristãos infiltrados nos governos, grupos que reproduzem o racismo e a intolerância,  pois esta ação em especial afetou tanto a economia dos quilombos como também pode ser interpretada como uma clara tentativa de combater os cultos a Exu, que são realizados tradicionalmente no mês de agosto na cidade de Belém.

Mametu Nangetu lamentou esses fatos dizendo que  “O estado tem a obrigação de se manter laico, e os sacerdotes não deveriam se envolver com cargos políticos, ou não deveriam usar seus cargos em nome de sua fé. Isso tem que acabar”, disse ela, ressaltando ainda a necessidade de se trabalhar com os meios de comunicação, para que tenha um canal onde as outras pessoas possam conhecer os povos de terreiro. 
A resposta da coordenadora do comitê da diversidade religiosa foi relatar as ações que já estão sendo pensadas nesse âmbito pela secretária, e ressaltou a importância dos povos de terreiros denunciarem esses fatos através do disque 100.

Os povos de terreiro estão perdendo a crença na institucionalização e até na justiça.

Mãe Nalva de Oxum apresentou um exemplo de intolerância religiosa institucional que aconteceu na sua casa, quando dois pastores foram lhe agredir verbalmente dentro do seu espaço, e, apesar do registro das queixas e das denúncias,  até hoje, depois de dois anos, não aconteceu nada contra esses agressores.  Táta Kinamboji acrescentou dizendo que é  isso que eles querem, "querem nos fazer esperar, para que fiquemos prestando o mesmo depoimento todo mês, sem nenhum resultado de punição aos agressores", e contou do caso que aconteceu com os membros do Mansu quando da entrega de nossas oferendas na baía do Guajará, lá na área do "Ver-o- rio", onde sofremos intolerância religiosa por parte da Guarda Municipal. Kinamboji continuou dizendo que "o que se percebe é que não há diferença entre o racismo e a intolerância religiosa. A sociedade brasileira se modifica com o passar dos tempos, o final da escravidão já aconteceu, porém, até hoje, dentro do estado, percebemos políticas racistas, como a utilização da lei do silêncio e da vigilância sanitária para cercear as manifestações afro- religiosas". E Babá Edson Catendê, da AFAIA, apontou ainda que “é necessário ajuda da sociedade civil organizada para continuarmos com nossa resistência e fortalecer o grupo de pressão. O Axé é e eterno, o axé nunca acaba, por isso precisamos agir! A religiosidade faz parte de nossa dignidade e por isso precisa ser respeitada.”.

O advogado Jorge Farias, representante da OAB-PA, acrescentou que é preciso sim agregar parceiros, como o ministério público e OAB-PA nessa luta, pois para ele não tem como enfrentar a institucionalidade sem profissionais capacitados, e apresentou as  ações da coordenadoria de igualdade étnico-racial da OAB, como o Fórum Igualdade Racial pra Valer, se colocando à disposição para as articulações com autoridades em nome dos direitos dos Povos de Terreiro.

Alan Fonseca, Pejigan do Funderê Oyá Jokolocy, afirmou que os povos de terreiro não deveriam ter que prestar esclarecimento sobre o que são e nem sobre o que fazem para ninguém, ele disse que não considera correto ficar esclarecendo suas práticas para o estado e que considera essa exigência  uma violência contra a liberdade destas pessoas e suas diferentes formas de expressar sua religião. “Quando um pastor prática intolerância religiosa é logo absolvido, e quando nós vamos fazer nossas oferendas sofremos preconceito de todos os lados. E ainda por cima, não temos para onde correr quando se trata de questão jurídica, O que devemos fazer sobre isso?”, perguntou Alan.

Por fim Tata Kinamboji tomou a palavra, ele disse que pelas manifestações dá pra perceber que todos alí concordavam que a morosidade da justiça é um fator determinante para a sensação de descrença na institucionalidade brasileira, e que o que os povos de terreiro precisam é de acessoria e acompanhamento de advogado. Argumentou que existe  a parceria da Secretaria de Direitos Humanos com a SEJUDH, e um convênio com a Sociedade Paraense de Direitos Humanos/ SDDH, para acompanhamento e monitoramento das ações que envolvem os Direots Humanos, e concluiu dizendo que se havia mesmo o interesse da SDH, que ele apresentava uma proposta concreta: "proponho que a Secretaria de Direitos Humanos financie uma campanha midiática em rede nacional de combate à intolerância contra a religiosidade dos terreiros, e também financie um programa de assistência e acompanhamento de vítimas de intolerância religiosa a ser conveniado com a SDDH - com verba para contratar advogados especializados na área, psicologos, assistentes sociais e toda a equipe de profissionais para que esse acompanhamento funcione”.

 Com o adiantado da hora o debate foi chegando ao fim, e Marga Stroher finalizou dizendo que o problema das religiosidades discriminadas é de todos, de toda a população e não somente dos grupos discriminados,  e que precisamos encontrar metodologias em conjunto contra todos esses espaços de praticas de racismo que ainda existem. Disse que estão fazendo isso com grupos de trabalho dentro da Secretária de Direitos Humanos e agradeceu a oportunidade de poder estar junto com todos nesse encontro e poder ouvir todos esses relatos.



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Arquivo de Notícias: III Fórum dos Terreiros de Candomblé do Rio de Janeiro

Fórum do Iphan discute Candomblé enquanto referência cultural

A Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional no Rio de Janeiro promoverá, dia 21 de setembro, das 09 às 18 horas, o III Fórum de Terreiros de Candomblé do rio de Janeiro.

Organizado pela Assessoria de Patrimônio Imaterial do Iphan/RJ, o fórum tem como objetivo apresentar e debater o Inventário Nacional de Referência Cultural dos Terreiros de Candomblé no Estado do Rio de Janeiro, realizado pela instituição, além de promover uma avaliação dos resultados alcançados pela pesquisa até o momento,

O Estabelecimento de propostas de ações para fomentar a compreensão do que é o patrimônio cultural (material e imaterial) e a definição de critérios e diretrizes para a ação institucional, no que se refere à preservação desses bens culturais, estão entre as pautas a serem debatidas que gerarão encaminhamentos para a valorização dessa prática religiosa junto à população e ao poder público.

Estarão representados no evento cerca de 40 terreiros de candomblé, entre os quais os 32 já inventariados pelo Iphan. O auditório da sede do Iphan/RJ fica na Avenida Rio Branco, 46 – 3º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ.

Informações podem ser obtidas pelo telefone 21 2233-6841 e as inscrições, gratuitas, feitas pelo site forumcandomble@gmail.com.


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