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terça-feira, 17 de junho de 2014

Projeto Manuelzão premiará escolas que desenvolvem ações ambientais na bacia do Rio das Velhas



Projeto Manuelzão da UFMG, em parceria com Secretaria de Estado de Educação, com a prefeitura de Belo Horizonte e com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, promove o concurso Premiando a educação. A iniciativa reconhecerá escolas que desenvolvam projetos educativos e socioambientais na região da bacia do Rio das Velhas.

As inscrições deverão ser feitas de 15 de julho a 14 de agosto. Podem participar escolas públicas estaduais e municipais de ensino fundamental com iniciativas em prol da revitalização de microbacias e sub-bacias, ou que incorporaram ações ambientais ao seu espaço físico e ao processo pedagógico.

Os trabalhos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: interdisciplinaridade; valorização da cultura regional ou local; métodos inovadores; princípios de sustentabilidade social e ambiental. Leia o regulamento.

Os seis projetos selecionados serão contemplados com um final de semana para os professores envolvidos, em local ainda a ser definido. Cada projeto poderá levar até quatro professores.

Todas as escolas participantes receberão certificado. Mais informações pelos telefones (31) 3409-9819/9810.

Fonte: UFMG

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Mostra de filmes em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente


Para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado neste 5 de junho, o Espaço Catavento, de Belo Horizonte, recebe mostra de filmes relacionados à temática ambiental. O Espaço Catavento - Centro de Saberes Ecoculturais fica na Av. General Olímpio Mourão Filho, 400 - B. Itapoã – BH. Telefone: (31) 3443-8307. Entrada franca.

Confira a programação:

Dia 07/06 – Sábado às 15 horas - Tempo de exibição do total dos filmes: 2h e 21min

Filmes com tema "Biodiversidade"
· Albatroz - Um projeto pela vida
· Devir Animal
· Salvem os Sapos

Filmes com Tema "Mudanças do Clima"
· Turismo C0² neutro - o Registro de uma transformação
· Caixa

Filmes com o Tema "Água"
· Incentivo às Políticas Públicas voltadas ao reuso da água e ao aproveitamento da água de Chuva
· Da nascente à torneira
· Desafogando a Água

Filmes com o tema "Combate ao Desmatamento"
· Desmatamento Zero
· Cerrado ao Meio

Dia 10/06 – terça-feira, às 19h30 - Tempo de exibição dos filmes: 2h27min47s

Filmes com o Tema "Comunidades Tradicionais"
· Awá Filhos da Floresta 1, 2 e 3
· Intercâmbio GATI/MS - Cooperafloresta
· Retomada Aldeia Pindo Roky
· Retomada Buriti

Filmes com tema "Responsabilidade socioambiental"
· 1ª Mostra de vídeo Curta Ambiental - Ré-ação
· Curtas Caranga - Abertura; Manguezal legal; Reciclagem; Dengue; Energia Elétrica; Água; Trânsito; Aterro Sanitário; Defeso; Praia Limpa
· Escalada
· Energia Eólica: a caçada dos ventos
· Ritos de Rios e Ruas

Filmes com o Tema "Resíduos Sólidos"
· Terra Cuide dessa bola
· Lixo rural: do problema à solução
· Uma chance para o futuro

Dia 17/06 – Terça feira às 19h30 - Tempo de exibição dos filmes: 2h5min52s

Filmes com o tema "Agricultura Familiar"
· Maracujá da Caatinga
· Oficina de intercâmbio de Algodão
· Produzido em São Paulo

Filmes com o tema "Unidades de Conservação"
· Últimos Refúgios - Reserva Biológica de Duas Bocas
· Sertão Veredas Peruaçu - Mosaico de Conservação: Cultura e Produção
· Últimos refúgios – Itaúnas
· Últimos refúgios - Toninho Mateiro


Foto: Linha de buritis no Parque Nacional Grande Sertão Veredas (MG/BA)
© WWF-Brasil / Bento Viana

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Fotógrafo Sebastião Salgado pede apoio para a revitalização do Rio Doce

" Se não fizermos alguma coisa, ele irá morrer", alerta o fotógrafo
 Carlos Herculano Lopes


O fotógrafo Sebastião Salgado, que veio a Belo Horizonte para abertura da Exposição Genesis, aproveitou a passagem pela capital mineira para manifestar preocupação com o Rio Doce, um dos mais importantes de Minas. Natural de Aimorés, na Região Leste do estado, Salgado costumava nadar nessas águas quando era criança. Hoje, desenvolve projeto para tentar melhorar as condições do rio. “Temos um projeto para ajudar a revitalizá-lo. O Doce, que é um dos rios mais importantes do Sudeste brasileiro, já foi navegável, tinha uma fundura média de quatro metros, o que hoje é de cerca de 70 centímetros. Se não fizermos alguma coisa ele irá morrer”, disse ontem, em entrevista no Palácio das Artes. “Mas para isso precisamos de ajuda, precisamos de financiamentos para ajudar a recuperar as centenas de nascentes que o formam. Já conseguimos recuperar cerca de 600, mas isso ainda não é o bastante, porque elas são milhares”, acrescentou.

Salgado mencionou também projeto em andamento relacionado aos os índios brasileiros.
Recentemente, o fotógrafo desenvolveu trabalhos com os Ianomâmis e tribos maranhenses. “Por incrível que pareça, no Brasil ainda existem cerca de 100 tribos que não tiveram nenhum contato com os brancos. A Funai tem o mapeamento de todas, e caberá a elas decidir ou não se querem essa aproximação conosco”, afirmou. Em Genesis, podem ser vistas fotos feitas com povos indígenas de estados brasileiros como o Pará e o Mato Grosso, e também da Venezuela.

Na entrevista sobre a Exposição Genesis, que poderá ser visitada pelo público de amanhã até 24 de agosto, na Grande Galeria do Palácio das Artes e na Sala Maris´Stella Tristão, Salgado disse que a ideia de realizá-la nasceu há alguns anos Fazenda Bulcão, em Aimorés. Lá, ele e sua mulher, a arquiteta Lélia Wadick Salgado, criaram o Instituto Terra, projeto de recuperação da Mata Atlântica, que engloba uma área de mais de 700 hectares. Do início dos anos 2000, até hoje, já foram plantadas mais de dois milhões de árvores no local.

“Eu estava muito deprimido após a realização de Êxodus, que foi de 1994 a 1999, tinha viajado muito para várias partes da terra e visto coisas que realmente me deixaram muito triste, muito descrente com o ser humano, pelas coisas horríveis que ele é capaz de fazer. Cheguei até a pensar em deixar a fotografia e voltar para o interior de Minas. Foi quando Lélia, olhando para as terras da fazenda, onde eu tinha passado a infância, me deu a ideia de reflorestarmos tudo aquilo, e em consequência disso veio a vontade de também realizar Genesis, projeto no qual trabalhamos de 2004 a 2011”, contou.

Seleção 

A mostra, com curadoria de Lélia Wadick Salgado, casada há 51 anos com Sebastião Salgado, tem encantado milhares de pessoas em todo o mundo – no Brasil já foi vista no Rio, São Paulo, Santo André e Porto Alegre, antes de chegar à capital mineira. São 245 fotografias, divididas em cinco sessões geográficas. Elas mostram lugares da terra e povos que não tiveram maiores contatos com a civilização. “Não foi fácil fazer a seleção das fotos, entre milhares de originais, mas no final acho que deu certo, e estamos muito felizes em compartilhá-las com os mineiros. Minha mensagem, na essência, é que temos obrigação de ajudar a preservar o planeta. Cada um de nós deve fazer a sua parte. Pelo menos é isso que estamos tentando com nosso trabalho”, disse Lélia.

Sebastião Salgado compartilha com as opiniões da sua mulher, e é otimista em relação ao futuro da Terra. Acredita que o planeta, como um todo, irá sobreviver, pois tem um poder de recuperação muito grande. Basta deixá-lo em paz, que ele se recupera. Já não pensa o mesmo em relação ao homem, que se continuar no ritmo de autodestruição em que se encontra atualmente, tem uma “boa chance”, segundo ele, de desaparecer da face da terra. “O que será uma pena, pois ainda temos muito o que descobrir”, diz.

Aplausos em bate-papo

Depois de entrevista sobre a Exposição Genesis, Sebastião Salgado e Lélia Wanick Salgado foram recebidos com empolgação por cerca de 1,7 mil pessoas que lotaram o Grande Teatro do Palácio das Artes, à noite, para participar do projeto Sempre um papo. Os dois foram aplaudidos de pé assim que entraram no local. Na plateia, elogios e alegria por conhecer o fotógrafo mais de perto. “O trabalho de Sebastião Salgado é fundamental para a fotografia brasileira e mundial. A questão dos deslocamentos de população, por exemplo, é assunto relevante e vai ficar marcado para o resto da história da fotografia”, avaliou o gerente-executivo do Grupo Galpão, Fernando Lara. “Salgado é um ícone, uma lenda viva. Quero conhecer um pouco mais dele”, disse a musicista Kátia Rocha. A professora Raquel de Meirelles, por sua vez, definiu o fotógrafo como um gênio. “A imagem dele é carregada de assuntos relativos às questões sociais e isso me toca muito”, afirmou. (Landercy Hemerson)

Fonte: Estado de Minas

terça-feira, 25 de março de 2014

OMS: 7 milhões de mortes em 2012 foram associadas à poluição



Cerca de 7 milhões de pessoas morreram em 2012 por exposição à poluição do ar, que se transformou no maior fator de risco ambiental para a saúde no mundo, alerta hoje (25) a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo os novos dados divulgados nesta terça-feira, uma em cada oito mortes naquele ano foi causada pela exposição à poluição do ar, dado que duplica números anteriores e confirma que a poluição do ar é agora o maior fator de risco ambiental para a saúde humana.

Reduzir a poluição do ar poderia salvar milhões de vidas, destaca a OMS em comunicado. “Os riscos da poluição do ar são agora muito maiores do que se pensava, particularmente no que diz respeito a doenças coronárias e acidente vascular cerebral [AVC]”, disse Maria Neira, diretora do Departamento da OMS para a Saúde Pública, Ambiente e Determinantes Sociais da Saúde.

“Poucos fatores de risco têm hoje maior impacto na saúde global do que a poluição do ar; as evidências alertam-nos que é preciso uma ação concertada para limpar o ar que respiramos”, acrescentou.

Segundo as estimativas divulgadas, a poluição do ar interior esteve ligada a 4,3 milhões de mortes em 2012 em lares com fogões a carvão, lenha ou biomassa. A poluição do ar exterior está na origem de 3,7 milhões de mortes em todo o mundo.

Como há muitas pessoas expostas à poluição interior e exterior, a mortalidade associada às duas fontes não pode ser simplesmente adicionada, daí a estimativa de 7 milhões de mortes em 2012.

Os novos dados, adianta a agência da ONU para a saúde, revelam uma ligação mais forte entre exposição à poluição do ar interior e exterior e as doenças cardiovasculares, como o AVC e a cardiopatia isquêmica, assim como a poluição do ar e o câncer. Essas ligações juntam-se ao papel da poluição do ar no desenvolvimento de doenças respiratórias, incluindo infecções agudas e doenças pulmonares obstrutivas crônicas.

As novas estimativas baseiam-se não só em mais conhecimento sobre as doenças causadas pela poluição do ar, mas também em avaliações mais rigorosas da exposição humana aos poluentes, por meio de melhores medições e tecnologias. Essas melhorias permitiram aos cientistas analisar detalhadamente os riscos para a saúde em uma cobertura geográfica mais ampla.

Em termos regionais, os países de baixo e médio rendimento nas regiões do Sudeste Asiático e do Pacífico Ocidental registraram maior número de mortes associadas à poluição do ar, com um total de 3,3 milhões de mortes ligadas à poluição do ar interior e 2,6 milhões de mortes associadas à poluição do ar exterior.
“Limpar o ar que respiramos previne doenças não transmissíveis e reduz as doenças entre as mulheres e os grupos vulneráveis, como as crianças e os idosos”, disse Flavia Bustreo, diretora adjunta da OMS para a Saúde da Família, Mulheres e Crianças, citada no comunicado da OMS.

“As mulheres e as crianças pobres pagam um preço elevado pela poluição do ar interior porque passam mais tempo em casa, respirando fuligens de fogões a carvão e a lenha”, explicou.

Segundo os dados da OMS, 80% das mortes associadas à poluição do ar interior devem-se a doenças cardiovasculares, como a cardiopatia isquêmica (40%) e o acidente vascular cerebral (40%).



A doença pulmonar obstrutiva crónica (Dpoc) é responsável por 11% das mortes ligadas à poluição interior, enquanto o câncer de pulmão (6%) e as infeções respiratórias agudas em crianças (3%) respondem pelo restante.

No que diz respeito à poluição do ar exterior, 34% das mortes devem-se ao AVC, 26% à cardiopatia isquêmica, 22% à Dpoc, 12% a infeções respiratórias agudas em crianças e 6% ao câncer de pulmão.



Fonte: Agência Brasil 
Foto: Carlos Rhienck/Hoje em Dia

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Meio ambiente e saúde dominarão Fórum Econômico Mundial este ano

Meio ambiente e saúde estarão entre os temas dominantes deste ano no Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça, que será realizado entre 22 e 25 de janeiro, anunciaram seus organizadores esta quarta-feira.

A 44ª edição deste encontro internacional, que reúne a cada ano os grandes tomadores de decisões políticas e econômicas do mundo, terá como tema a "reforma do mundo" e suas consequências para sociedade, políticos e negócios, indicaram em um comunicado.

Os 2.500 participantes, vindos de cerca de cem países, serão convidados a se debruçar sobre os grandes desafios relativos à saúde e ao ambiente neste início de século XXI.
Para os organizadores de Davos, as mudanças climáticas e seus impactos relacionados, como eventos climáticos extremos e as crises alimentar e hídrica estão entre os maiores riscos para a economia global.

Portanto, não agir no tempo e na escala necessários poderá dificultar significativamente as previsões de crescimento mundial e colocará em risco muitos avanços conquistados ao longo do século XX, como segurança alimentar, redução da pobreza e saúde global.

Desta forma, a edição de 2014 do Fórum de Davos terá um número recorde de 23 sessões dedicadas às mudanças climáticas, à segurança dos recursos naturais e à sustentabilidade.

Para os organizadores de Davos, embora as mudanças ambientais criem novos desafios, elas também trazem grandes oportunidades para os negócios e a inovação.

Segundo o comunicado do Fórum, o modelo econômico atual causa um desperdício maciço. Adaptar-nos a uma economia circular teria o potencial de agregar valor a 100 milhões de toneladas de material descartado no prazo de cinco anos, o que renderia benefícios econômicos de pelo menos US$ 500 milhões com a economia de material e criaria 100 mil novos empregos em vários setores chave.

Uma economia saudável
No campo da saúde, os participantes do Fórum de Davos discutirão os grandes desafios do setor, especialmente a necessidade de se redesenhar os sistemas de saúde, bem como os avanços da medicina e os impactos mais amplos da saúde na economia e na sociedade.

Assim, eles debaterão questões como saúde mental e o potencial do setor sanitário como motor do crescimento econômico e da prosperidade como também a forma como os sistemas de saúde deverão ser abordados para ser duráveis financeiramente.

"No curso dos últimos anos, o estado crítico do sistema financeiro ocupou grande parte da atenção dos participantes de Davos", declarou Robert Greenhill, diretor-geral do Fórum Econômico Mundial, citado em um comunicado.

"Este ano, a economia parece ter saído dos cuidados intensivos para entrar no caminho da recuperação", acrescentou.

"Enquanto nós nos questionamos, metaforicamente, como melhorar a saúde da economia, melhorar literalmente a saúde das pessoas é um bom começo", ressaltou.

Parte dos debates será dedicada às questões da saúde mental, uma das principais causas de faltas ao trabalho e que tem custos estimados em 16 trilhões de dólares (11,75 trilhões de euros) para os próximos vinte anos.

Chefes de governo, diretores de empresas, além de ganhadores do prêmio Nobel, entre outros, participarão da abertura dos debates sobre a saúde.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Jardineiro clandestino muda a lei da cidade para plantar comida

Ron Finley, o estilista que planta hortas em Los Angeles
Estilista quer hortas em todos os terrenos baldios de Los Angeles

Entre o meio-fio e a calçada, num bairro de classe média baixa repleto de lojas de bebida, fast food e terrenos baldios, o estilista americano Ron Finley plantou uma horta. Cansado de dirigir 45 minutos para encontrar alimentos saudáveis e convicto de que hortas urbanas são um antídoto para problemas de saúde, pobreza e violência da cidade, resolveu dar um destino melhor à faixa de grama seca na frente de sua casa.

Em Los Angeles, a responsabilidade pela manutenção da calçada e de sua vegetação é de cada morador, mas a lei antiga não permitia o plantio de alimentos no local. Alguém então denunciou a horta clandestina de Finley, que acabou recebendo a seguinte notificação da prefeitura: se não limpar o terreno, o próximo passo será um mandado de prisão. O estilista, determinado, fincou o pé e desafiou a burocracia. Não só não derrubou a horta, como conseguiu o apoio de outros jardineiros e simpatizantes da ideia e conseguiu uma alteração na lei: agora é permitido plantar alimentos pelas ruas da cidade.

Por acreditar que plantar comida é uma ferramenta de educação e transformação do bairro, Finley fundou uma rede de jardineiros voluntários, a LA Green Grounds. Ele tem planos de ocupar todos os terrenos baldios de Los Angeles com jardins comestíveis, formando uma “floresta de comida”. Neste vídeo (com legendas em português), ele conta um pouco mais:




As nossas hortas urbanas

O Hortelões Urbanos é talvez o maior e mais conhecido grupo dedicado ao cultivo de alimentos na cidade. Conta com mais de 5 mil participantes e se encontra no Facebook para trocar experiências sobre o cultivo doméstico e organizar mutirões nas hortas comunitárias da cidade. Para plantar alimentos em áreas públicas de São Paulo, como praças, canteiros e terrenos abandonados, é simples: basta solicitar autorização da subprefeitura. No jardim de casa ou no vaso do apartamento, não custa nada.

Andrea e Ariel, participantes ativos do grupo Hortelões Urbanos, contam como vêem o processo de sensibilização para a criação de hortas urbanas em São Paulo e por que isso é importante para eles e para a cidade:

"As hortas urbanas, a meu ver, têm um incrível poder transformador. Na horta das Corujas, pequenos milagres acontecem todos os dias. Às vezes estamos cavando um canteiro novo e aparece uma nascente borbulhando. Às vezes vemos pica-paus, insetos coloridíssimos que ninguém nunca conhecia, borboletas e maritacas em bandos. De repente uma muda que parecia morta começa a verdejar, vinga, e cresce diante de nossos olhos.


Quando você se dá conta, está com um monte de estranhos carregando esterco, instalando uma cacimba, cavando a terra, e mais gente se junta pra ajudar, e no fim do dia você ganhou um monte de amigos. Sentimos juntos as agruras da seca, o calor do sol, o vento gelado do inverno e vivenciamos cada estação com suas cores, cheiros, sabores. Comemoramos juntos a primavera, a água pura que brota farta, a abundância das colheitas, aprendemos e ensinamos tudo o que sabemos e sempre há algo novo a ser aprendido e ensinado. Doamos nosso tempo e ganhamos vida, amigos, alimento fresco, esperança.

A porteira da Horta das Corujas está sempre aberta para quem quiser plantar ou colher."
     
Andrea Valencio Pesek, designer

"Tem muitos objetivos e inclusive mudam para cada pessoa. Os que eu enxergo são:
Sensibilizar a população sobre temas como a crise alimentar e a importância de promover modelos de produção de alimentos justos e sustentáveis.

- Promover e buscar maior contato com a terra e a reconexão com os ciclos da natureza.
- Empoderar cada vez mais cidadãos para cultivar seu próprio alimento de forma orgânica e agroecológica e sensibilizar sobre a importância de fortalecer cadeias e empreendimentos de pequenos produtores agroecológicos e de comércio justo.
- Criar comunidades solidárias e com maior coesão social.

O processo de encher as cidades de concreto tem uma inércia grande, são muitas cadeias produtivas envolvidas e um paradigma de desenvolvimento instaurado, mas as cidades, sobre tudo as grandes, perceberam que precisam mudar, e cada vez com mais urgência. O desafio está nas pequenas e médias, elas precisam entender que podem fazer as coisas de uma forma diferente."

Ariel Kogan, engenheiro

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Evento vai debater alternativas para melhorar saúde pública


Durante os dias 18 e 22 de março a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) realizará o IV Seminário Internacional de Engenharia de Saúde Pública (Siesp), em Belo Horizonte, Minas Gerais.

O evento contará com painéis temáticos, mesas-redondas e expositores nacionais e internacionais de países como Portugal, França, Inglaterra, México, Chile, Costa Rica e Estados Unidos. Também será realizada a II Feira de Tecnologias, a qual irá expor inovações tecnológicas, e a IV Mostra de Pôsteres que visa promover o debate, o intercâmbio e a divulgação dos resultados de pesquisas, estudos e trabalhos de campo voltados para o tema do seminário.  

Parte da população ainda vive em situação precária. Falta água com qualidade para consumo humano, esgoto corre a céu aberto e o lixo é armazenado de maneira inadequada. O objetivo principal do evento é debater alternativas e tecnologias para que essas pessoas tenham acesso a esses sistemas e, assim, tenham melhor qualidade de vida.

O Siesp visa discutir propostas para reduzir os déficits da saúde pública.  Serão debatidos assuntos como: Escassez e uso racional da Água; Desafios para a universalização do Saneamento Rural; Sustentabilidade e efetividade dos investimentos de Saneamento Ambiental; Tecnologias e Inovações em sistemas de Esgotamento Sanitário e Resíduos Sólidos; Plano de Segurança da Água e Gestão de desastres naturais. 

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) revelam que atualmente 1,6 bilhão de pessoas vivem em regiões com escassez de água. Um dos palestrantes no seminário é o consultor em Água e Saneamento, Menahem Libhaber, que vem dos Estados Unidos para falar sobre os motivos da crise de água e opções para diminuí-la. “O uso racional da água é uma das atividades para aliviar os problemas da escassez, mas não é a única solução. Pode dar bons resultados, especialmente em lugares onde o consumo per capita diário é alto, mas há uma série de atividades adicionais que devem ser adotadas e serão discutidas no evento”, explica Menahem.  

Já o engenheiro civil e líder de projetos da Fundação Centro Tecnológico de Hidráulica (FCTH), Luiz Fernando Orsini, vai falar sobre os serviços de drenagem e manejo de águas pluviais no Brasil e expor soluções técnicas e institucionais que permitam melhorar a segurança da população diante dos riscos de enchentes. “Pretendo destacar a importância do planejamento e das ações integradas para a melhoria da qualidade das águas e redução dos riscos, não só das inundações, como também de escassez hídrica”, afirma Orsini.

A estimativa é de que o encontro deste ano reúna, aproximadamente, 1.500 pessoas, entre pesquisadores, professores, profissionais dos setores público e privado, além de estudantes.

Para acessar a programação prévia do evento, clique aqui

Serviço:
Evento: IV Seminário Internacional de Saúde Pública
Data: 18 a 22 de março
Local: Minascentro
Endereço: Av. Augusto de Lima, 785 – Centro – Belo Horizonte – MG


Fonte: Funasa

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Fundo de Direitos Humanos com edital aberto para financiamento a projetos - Inscrições até 27 de fevereiro


Edital Anual 2013

COMBATE À VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL* E À DISCRIMINAÇÃO
O objetivo do Fundo Brasil de Direitos Humanos é promover os direitos humanos no Brasil e sensibilizar a sociedade brasileira para que apoie iniciativas capazes de gerar novos caminhos e mudanças significativas para o país. Nosso compromisso é disponibilizar recursos para apoio institucional e às atividades de organizações da sociedade civil e de defensores e defensoras de direitos humanos em todo o território nacional, priorizando aqueles(as) que disponham de poucos recursos ou que tenham dificuldades de acesso a outras fontes.

A SELEÇÃO DE PROJETOS EM 2013
Em 2013, o Fundo Brasil de Direitos Humanos irá doar até R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais) para apoio a projetos. O Fundo Brasil prioriza o apoio a projetos institucionais, mas poderá oferecer bolsas individuais, desde que as propostas apresentadas por indivíduos atendam aos mesmos requisitos deste edital.

* Entende-se por violência institucional qualquer forma de violação a direitos humanos promovida por instituições oficiais, suas delegações e/ou empresas.

QUE TIPO DE PROJETOS O FUNDO BRASIL DE DIREITOS HUMANOS VAI APOIAR EM 2013?
a) Os que tenham por objetivo combater a violência institucional* e a discriminação.

b) Dentro dos temas acima, os que tenham como foco, principalmente, uma ou mais das seguintes questões: super exploração do trabalho, trabalho escravo e trabalho infantil; violência policial, de milícias ou esquadrões da morte; tortura e execuções; não acesso a terra e território; democratização do acesso à justiça; violação de direitos socioambientais; criminalização de organizações e movimentos sociais; violência contra defensores de direitos humanos; discriminação no acesso ao serviço público, de gênero, de raça, de etnia, de orientação sexual e/ou em razão de condição econômica.

c) Aqueles com valor total de no mínimo R$ 20.000,00 (vinte mil reais) e no máximo R$ 40.000,00 (quarenta mil reais), para até um ano de duração. 

d) Aqueles propostos por organizações com receita anual de, no máximo, R$700.000,00 (setecentos mil reais), visto que nossa prioridade é apoiar organizações com poucos recursos.

QUE ELEMENTOS SERÃO CONSIDERADOS PARA A SELEÇÃO DOS PROJETOS?
• adequação ao foco do edital;
• impacto social pretendido;
• potencial efeito multiplicador do projeto;
• criatividade, caráter inovador e consistência da proposta;
• conexão com redes, fóruns, articulações locais, regionais ou nacionais;
• existência de vínculos estreitos com as comunidades com as quais a proposta se relaciona;
• adequação da proposta às necessidades reais da comunidade ou do público diretamente beneficiado;
• idoneidade e legitimidade do grupo, organização ou indivíduo que pretende executar as atividades;
• capacidade do proponente para o desenvolvimento do projeto proposto;
• diversidade regional.

SOBRE OS CRITÉRIOS FORMAIS:
Serão aceitas propostas de indivíduos e organizações sociais sem fins lucrativos, mesmo que ainda não formalizadas e/ou que não tenham CNPJ, desde que atendam aos demais requisitos deste edital.
Não serão apoiados projetos que não se adequem ao foco deste edital, nem projetos propostos por organizações governamentais, universidades, organizações internacionais, partidos políticos ou empresas.

COMO FAZER PARA ENVIAR O SEU PROJETO?
O proponente deve responder o formulário que se encontra no verso deste edital e encaminhá-lo ao endereço do Fundo Brasil de Direitos Humanos, somente por correio, até o dia 27 de fevereiro de 2013. Solicitamos que sejam remetidas duas cópias impressas do formulário respondido, além de uma versão gravada em CD. Projetos postados após a data acima não serão considerados. O formulário respondido deverá também vir acompanhado de uma carta assinada por outra organização ou indivíduo recomendando o projeto. Pedimos ainda o envio do nome de duas pessoas, com endereço e telefone para contato, que possam dar referências sobre a organização ou sobre o indivíduo proponente.

Cada organização poderá apresentar apenas um único projeto.

O QUE ACONTECE COM O PROJETO DEPOIS QUE É ENCAMINHADO AO FUNDO BRASIL?
A equipe do Fundo Brasil examina o material e, se preciso, solicita ao proponente novas informações ou esclarecimentos sobre a proposta. Os projetos são analisados e encaminhados a um Comitê de Seleção, formado por especialistas. O Comitê se reunirá para indicar quais projetos serão apoiados, ficando a decisão final a cargo do Conselho Curador do Fundo Brasil. O resultado do processo de seleção será informado pelo nosso site a partir de 1º de julho de 2013.
Em caso de dúvidas

• Dúvidas serão respondidas somente por email. Favor escrever para informacoes@fundodireitoshumanos.org.br

• Antes de remeter sua dúvida, vá ao topo desta página e confira a lista de perguntas frequentes, pois talvez sua questão já esteja sido respondida.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Fundo Nacional do Meio Ambiente abre edital. Os projetos devem ser enviados até 22 de fevereiro!



O Fundo Nacional do Meio Ambiente criado há 22 anos, é o mais antigo fundo ambiental da América Latina. O FNMA é uma unidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), criado pela lei nº 7.797 de 10 de julho de 1989, com a missão de contribuir, como agente financiador, por meio da participação social, para a implementação da Política Nacional do Meio Ambiente – PNMA.

O FNMA é hoje referência pelo processo transparente e democrático na seleção de projetos. Seu conselho deliberativo, composto de 17 representantes de governo e da sociedade civil, garante a transparência e o controle social na execução de recursos públicos destinados a projetos socioambientais em todo o território nacional.

Ao longo de sua história, foram 1.400 projetos socioambientais apoiados e recursos da ordem de R$ 230 milhões voltados às iniciativas de conservação e de uso sustentável dos recursos naturais.

Para conhecer um pouco mais sobre a história do Fundo, seu funcionamento e atuação, consulte nossos Relatórios de Gestão.

Em 21 de novembro de 2012, o FNMA lançou a Demanda Espontânea 2012/2013. Os projetos serão recebidos no Siconv até 22/02/2013.

Clique aqui para conhecer as regras e os temas para elaboração das propostas.

Fonte: agenciajovem.org

Fonte de consulta Blog RSC: Ambientalistas em Rede

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Arquivo de notícias: Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas começa hoje no Catar


Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas começa hoje no Catar


As enchentes e secas extremas que têm afetado várias regiões no mundo e os fenômenos naturais, como maremotos, cada vez mais frequentes, voltam a ocupar, a partir de hoje (26), o centro das preocupações de técnicos, especialistas e autoridades de quase 200 países. Reunidos em Doha, capital do Catar, negociadores de todo o mundo querem chegar a um consenso sobre o que precisa ser efetivamente adotado para minimizar os efeitos provocados pelas fortes mudanças de temperatura do planeta.

Durante a 18ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP18), as delegações de várias partes do mundo tentarão definir novos compromissos, a fim de dar sequência a uma série de esforços que já vêm sendo feitos desde 1992. As expectativas em relação ao evento recaem quase exclusivamente sobre esse ponto: o que cada economia está disposta a fazer, a partir de janeiro do ano que vem, para continuar os esforços pela redução das emissões de gases de efeito estufa.

Os primeiros compromissos foram assumidos quando as nações signatárias do Protocolo de Quioto, que começou a valer há cinco anos, definiram metas obrigatórias, no caso de países desenvolvidos, ou voluntárias, entre as nações em desenvolvimento. Apesar de o tratado que define metas e limites de emissão de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos expirar no fim deste ano, as medidas ainda estão longe dos resultados esperados.

Levantamentos de organismos internacionais e do órgão das Nações Unidas responsável pelo debate sobre meio ambiente (Pnuma) têm apontado que as ações ainda não foram suficientes para reduzir essas emissões nocivas ao Planeta. O Pnuma mostrou que a concentração de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2), aumentou 20% desde 2000.

Pesquisadores do Banco Mundial  e da Organização Meteorológica Mundial também têm alertando que, caso não adote ações mais ambiciosas e austeras, a comunidade internacional não irá alcançar a meta estipulada como ideal pelos cientistas. Diante da emergência apontada pelos estudos recentes, os países se comprometeram a adotar medidas para manter a elevação da temperatura do planeta abaixo dos dois graus centígrados.

O desafio será chegar a um acordo imediato para manter metas que reposicionem os países nessa direção, adotando medidas rigorosas em suas economias. Em meio ao debate, será preciso definir, por exemplo, se os países do Leste Europeu podem usar, para maiores emissões, a margem que conquistaram por ter emitido menos, nos últimos anos, quando a recessão enfrentada por essas economias reduziu o ritmo das fábricas, mantendo os níveis de poluição atmosférica abaixo do estipulado.

Além disso, os negociadores devem retomar os debates sobre o Fundo Verde e a regulamentação internacional de uma compensação para países em desenvolvimento que reduzem as emissões de gases de efeito estufa, conhecido como Redd – sigla que define a Redução das Emissões Geradas com Desmatamento e Degradação Florestal nos Países em Desenvolvimento. O mecanismo tem dividido as atenções nos debates sobre clima.

sábado, 15 de setembro de 2012

Arquivo de notícias: Edital Oi Novos Brasis

A Oi está com o Edital Oi Novos Brasis aberto até a próxima semana

O Oi Novos Brasis apoia projetos socioambientais que visem à sustentabilidade, em suas três dimensões:  social, econômica e ambiental. Para isso, investe em ideias inovadoras que utilizam a educação e as tecnologias da informação e da comunicação para acelerar o desenvolvimento humano e melhorar a qualidade de vida, a diversidade e a inclusão social.

A partir de 2012, o Oi Futuro integra seu programa de apoio a projetos de Meio Ambiente ao Programa Oi Novos Brasis.  Essa nova forma de abordagem é fruto da atuação do instituto nessas áreas.  Ao aproveitar as experiências vividas pelas iniciativas em setores distintos, o Oi Futuro dá um passo natural rumo ao aprimoramento de seu Programa.

O edital está disponível para organizações sem fins lucrativos, legalizadas há pelo menos um ano e regulamentadas. Os projetos precisam estar em fase de planejamento ou andamento nas seguintes áreas: Educação para a Sustentabilidade, Garantia de Direitos (em especial no âmbito da acessibilidade) e Trabalho e Renda (qualificação profissional e empreendedorismo).

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Arquivo de Notícias: Dia Mundial da Amazônia


5 de setembro: Dia da Amazônia

Com sete milhões de quilômetros quadrados, sendo cinco milhões e meio de florestas, a Amazônia é hoje um dos patrimônios naturais mais valiosos de toda a humanidade.

Este domínio biogeográfico ocupa 60% do território brasileiro e possui uma área que abrange oito países e um território da América do Sul (Brasil, Peru, Colômbia, Equador, Bovialí, Guiana, Suriname, Venezuela e Guiana Francesa). Estima-se que no Brasil 30 milhões de pessoas vivem na Amazônia.

Embora tenha uma importância ambiental incalculável para o planeta – como lar de uma infinidade de espécies animais, vegetais e arbóreas conhecidas e desconhecidas; como regulador no equilíbrio climático global; e como fonte de matérias primas alimentares, florestais, medicinais e minerais -, a Amazônia é ameaçada por inúmeras atividades predatórias, como a extração de madeira, a mineração, obras de infra-estrutura e a conversão da floresta em áreas para pasto e agricultura.

Neste 5 de setembro, data em que se comemora o Dia Mundial da Amazônia, o WWF-Brasil apresenta a você uma série de materiais cujo objetivo é mostrar a importância de conciliar a conservação dos recursos naturais com o desenvolvimento sustentável da região.

Leia nossas histórias, assista ao vídeo e junte-se a nós na luta pela conservação deste patrimônio!

Fonte: WWF

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente recebe inscrições até 2/7

A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), projeto educativo criado em 2001 pela Fiocruz em parceria com a Abrasco, recebe inscrições de trabalhos até o dia 2 de julho de 2012. A OBSMA busca incentivar a realização de trabalhos que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde no Brasil, além de possibilitar que o conhecimento científico se torne próximo do cotidiano escolar e as atividades pedagógicas de professores e escolas ganhem visibilidade.

A Olimpíada tem abrangência nacional e, a cada dois anos, recebe, avalia e divulga atividades desenvolvidas por professores e alunos em sala de aula. A OBSMA contempla os projetos realizados por alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ao 4º ano do Ensino Médio – incluindo o ensino profissionalizante e o de jovens e adultos – nas modalidades Produção Audiovisual, Produção de Texto e Projeto de Ciências.

Para participar, os professores devem acessar o site www.olimpiada.fiocruz.br e inscrever os trabalhos realizados com seus alunos na temática da Olimpíada. Estão entre os objetivos da OBSMA incentivar a realização de atividades interdisciplinares relacionadas à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida nas escolas brasileiras de educação básica, como também  conhecer, valorizar e divulgar essas atividades.

Contabilizando todas as edições, a Olimpíada já teve cerca de 4 mil projetos inscritos, iniciativas que chamavam a atenção para temas como preservação de recursos hídricos, problemas gerados pelo lixo e malefícios causados por agrotóxicos, entre outros. As formas de expressão eram as mais variadas, incluindo poesias, documentários, cordéis, pesquisas de campo, reportagens e atividades de reciclagem.



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rio+20: jovens apontam problemas socioambientais e propõem possíveis soluções

O auditório Arena de Debates, montado no Pop Ciência - evento de popularização da ciência na Rio+20 - atraiu olhares curiosos de seus jovens visitantes na tarde desta terça-feira (19/06). A atração foi a videoconferência realizada entre os adolescentes contemplados pelo projeto CEnaRios - versão em português para Science Centers Engagement and the Rio Summit (SCEnaRios) - criado para envolver a juventude nas discussões sobre os problemas socioambientais globais e seus impactos e possíveis soluções. Os participantes do projeto, idealizado pela Fiocruz e a Association of Science-Technology Centers (ASTC) em parceria com o Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico (Inhotim), são jovens de 15 a 19 anos de museus de ciência de 12 países. Com o uso de ferramentas tecnológicas e interativas, eles apresentaram ao público os resultados de seis projetos piloto que desenvolveram sobre temas como acesso à água potável, alternativas sustentáveis de consumo de energia e saúde.

Ao abrir o evento, o diretor de Relações Internacionais da ASTC, Walter Staveloz, falou sobre o surgimento do CEnaRios. "Quatro questões deram origem ao projeto: o engajamento crescente da sociedade civil em debates sobre o desenvolvimento sustentável, o desejo da juventude de todo o mundo em contribuir para as soluções para os problemas socioambientais, a possibilidade de esses jovens fazerem isso em conjunto e seu gosto pela tecnologia", explicou. Também presente ao encontro, o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, destacou a importância do CEnaRios e da parceria entre a Fundação e Moçambique no projeto. "O importante da iniciativa é que ela contempla jovens que ainda estão desenvolvendo sua visão de mundo e cidadania. Além disso, a cooperação com Moçambique é muito especial para nós, pois demonstra nosso compromisso com os países africanos em auxiliá-los a expressar sua visão e mostrar seu potencial para juntos construirmos um mundo sustentável", afirmou.

Os estudantes do Museu da Vida da Fiocruz, que atuaram em parceria com a Escola Secundária Paulo Samuel Kankhomba, em Lichinga, Moçambique, apontaram os problemas socioambientais enfrentados pelas regiões da Maré e Manguinhos - na Zona Norte do Rio de Janeiro - e a cidade moçambicana. "A importância do projeto está em dar luz a problemas que ficam ocultos a quem não os conhece e apontar suas causas ao moradores desses locais", disse Jade, coordenadora do grupo do Museu da Vida. Inicialmente encarregados de desenvolver projeto sobre mudanças climáticas, o grupo decidiu, durante suas buscas, mudar o enfoque de seu tema. "Mudamos para a temática erradicação da pobreza por ser parte integrante da realidade desses jovens", explicou a coordenadora.

A falta de saneamento básico, o acúmulo de lixo e poluição de rios, o tráfico, a violência, entre outros problemas socioambientais comuns ao Rio de Janeiro e Lichinga, foram reunidos em um mapa georeferenciado com fotografias e informações. "Vimos que em Lichinga a violência é tão alta que os moradores sequer puderam interagir conosco por medo do tráfico", comentou Danilo, jovem do Museu da Vida. O trabalho desenvolvido parece ter deixado uma lição aos participantes. "O projeto nos ajudou a ter um olhar mais crítico. Vimos que não basta apontarmos os problemas, precisamos também buscar suas causas e propor soluções", disse o adolescente. "Como soluções, propomos a busca pela real causa de cada problema e, a partir daí, o trabalho de conscientização da sociedade e inclusive das autoridades", sugeriu Mariane Cavalcanti, participante do Museu da Vida. Os resultados do projeto também foram compliados em um blog, criado como canal de diálogo entre os participantes dos dois países.

Embora Bogotá, na Colômbia, e Miami, nos Estados Unidos, tenham características bem distintas, os jovens de museus dos dois países, que trabalharam em conjunto, encontraram problemas comuns às duas regiões: a poluição provocada pelos meios de transporte e o aumento do nivel do mar. "Bogotá e Miami são diferentes, mas dependem da mesma fonte de vida: a água", constatou uma das participantes americanas. "Também sofremos com a redução de espécies marítimas", complementou. Os jovens criaram um video com seus achados, que também foram apresentados em outros meios audiovisuais e disponibilizados na web.

O acesso à água potável foi tema dos adolescentes de museus da Cingapura, Austrália e China, parceiros no projeto. A busca por soluções para o problema incluiu entrevistas com cientistas, pesquisas de campo, métodos de conversão de esgoto em água potável e soluções de filtragem. O impacto da falta de acesso à água potável na saúde humana também foi objeto de estudo. "Fizemos uma sessão de testes com água engarrafada que nos levou à conclusão de que as pessoas não conseguem identificar a água potável pelo gosto", alertou um dos participantes. O problema da água no planeta também foi exposto por jovens mexicanos e italianos, em trabalho desenvolvido em conjunto. O grupo alertou para as terríveis consequências aos locais declarados patrimônio histórico da Unesco, se não houver equilíbrio do uso da água. Essa problemática pode ser visualizada no jogo online Playdecide, criado pelos próprios participantes.

Com o tema consumo de energia, os jovens de Israel e da Filadélfia, nos Estados Unidos, reuniram os problemas socioambientais encontrados nas regiões em um video apresentado na videoconferência. Nele, cenas dos encontros e discussões entre membros dos grupos e uma peça de teatro encenada pelos jovens com dicas de economia de energia. A temática também foi abordada pelo grupo de adolescentes do Canadá, Estados Unidos e Dinamarca, que estudaram diferentes métodos de energia renovável e os impactos do uso inadequado de recursos energéticos. "Percebemos que muito do que se diz da energia eólica é falso. Ao contrário, essa forma de uso de energia tem excelente aproveitamento e pouco impacto ambiental", observou Frederik, do Museu Experimentarium, da Dinamarca. Porém, segundo ele, não é fácil fazer essa adaptação. "É uma alternativa mais cara e passamos por momentos de crise eonômica. Mas não podemos nos acomodar, caso contrário, nosso futuro estará degradado", advertiu.

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