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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Atuação brasileira é poderoso paradigma na cooperação sul-sul em saúde, diz representante da Opas/OMS no Brasil


Generosidade ao compartilhar experiência e papel ativo na construção de agendas são alguns dos aspectos da cooperação sul-sul do Brasil em saúde

Opas/OMS BR
“A concepção e as recentes experiências brasileiras de cooperação estruturante em saúde são um poderoso paradigma de cooperação Sul-Sul”, afirmou o representante da Opas/OMS no Brasil Joaquim Molina, durante aula ministrada no Curso de Mestrado Profissional em Saúde Global e Diplomacia da Saúde, no último dia 9, na FIOCRUZ Brasília. O cubano foi um dos convidados para falar sobre o tema “A cooperação sul-sul brasileira em saúde com a América Latina”.

Segundo Molina, o conceito da cooperação sul-sul é mais maduro, pois prioriza o intercâmbio sustentável de ideias, experiências, conhecimentos científicos, operacionais e da aprendizagem, e tem como atributos o diálogo político, investimentos, intercâmbio de tecnologia, redes, promoção da equidade e da sustentabilidade. 

Ao falar especificamente sobre a cooperação internacional brasileira, Molina destacou que ela expressa solidariedade entre países, e é um fator de desenvolvimento social e tecnológico. E que, ao abandonar o modelo tradicional de transferência de conhecimento e tecnologia, passivo e unidirecional, mobiliza em cada país as capacidades e recursos endógenos – que se origina por fatores internos -, possibilitando, assim, integrar o desenvolvimento de recursos humanos com construção de capacidades para o desenvolvimento.

Molina listou aspectos da cooperação brasileira sul-sul em saúde tais como: generosidade ao compartilhar experiências, papel ativo na construção de agendas de cooperação em temas estratégicos para a saúde regional e global, liderança e participação relevante de brasileiros em foros, assembleias e conselhos de organizações internacionais, prática em espaço geográfico e cultural definido.

O representante da Opas ainda apresentou dados da AISA - Assessoria de Assuntos Internacionais de Saúde do Ministério da Saúde que mostram ser a América Latina o foco principal do governo brasileiro na cooperação em saúde: 50% dos recursos é direcionada para a América do Sul, 30% para a América Central e 20% para o Caribe. Em 2012, os principais temas dos projetos de cooperação foram banco de leite, vigilância sanitária, HIV/AIDS e fortalecimento dos serviços de saúde.

O caso do Haiti foi citado como exemplo exitoso da cooperação sul-sul. É um projeto tripartite firmado entre os ministérios da Saúde do Brasil, de Cuba e do Haiti que tem por objetivo fortalecer o sistema de saúde haitiano tendo por base a atenção primária e a cobertura universal em saúde. O Brasil se responsabiliza pela maior parte dos recursos financeiros (US$ 61,5 milhões é o que o governo brasileiro vai investir) enquanto as Brigadas Cubanas contribuem com sua expertise técnica e recursos humanos.  Para fortalecer a rede pública, estão em construção três hospitais, dois laboratórios de saúde pública, e o Instituto Haitiano de Reabilitação. Até o final de 2013, estarão treinados mil agentes comunitários de saúde, 500 trabalhadores em saúde ambiental e 500 auxiliares de enfermagem. Está em operação ainda uma força tarefa para apoiar e fortalecer o programa de imunização.

Projetos de cooperação, a cargo da Fiocruz, foram citados como exitosos.  Um deles resultou na implantação de um complexo industrial em Moçambique, na África, que vai produzir 21 tipos de medicamentos para HIV/AIDS, e em dois anos poderá atender toda África ao sul do deserto de Saara. Outro exemplo é o da plataforma ePORTUGUESE, que promove o desenvolvimento da Biblioteca Virtual em Saúde, apoia  a disseminação da versão portuguesa dos Baús Azuis da OMS em áreas rurais e distantes, capacitação e desenvolvimento de trabalhadores de saúde e  promove e facilita a interação entre instituições, por meio de formação de redes.  

Publicado em 13 de novembro de 2012

 Fonte: Portal Fiocruz

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Observatório de iniciativas: Artesanato cooperativo do Pólo do Jequitinhonha / UFMG


ARTESANATO COOPERATIVO

O Projeto Artesanato Cooperativo nasceu da necessidade de um trabalho focado no incentivo da produção artesanal no Vale do Jequitinhonha. Trabalhando com a Área Temática “Economia da cultura e empreendimentos culturais autogestionários”, tem como objetivo fortalecer o associativismo entre os artesãos do Vale do Jequitinhonha, através de atividades de formação em mobilização social junto aos artesãos. As reuniões com as 22 cidades participantes são realizadas em três municípios pólo – Itaobim, Diamantina e Turmalina, escolhidos através de pesquisas, diagnósticos e ações já desenvolvidas pelo Programa Pólo de Integração da UFMG no Vale do Jequitinhonha. Foram estes mesmos documentos que possibilitaram identificar as demandas para o Projeto Artesanato Cooperativo: Fortalecimento do associativismo para o desenvolvimento da produção artesanal no Vale do Jequitinhonha.

Considerando que uma das grandes dificuldades do artesão é expor e vender sua produção o Programa criou, em 2000, através da parceria firmada com Prefeituras, associações microrregionais e com o apoio de outras instituições interessadas a Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG.

Sucesso de público e vendas, a feira acontece no início de todo mês de maio na Praça de Serviços do Campus Pampulha, e já está em sua décima edição. Sua realização permite ao artesão do Vale do Jequitinhonha divulgar e vender os seus trabalhos sem a necessidade de intermediários, promove o intercâmbio cultural entre a população do Vale e a Universidade e também gera renda que irá retornar ao município de origem do artesão, reaquecendo a economia local.

Além de unir forças com a DAC – Diretoria de Ação Cultural da UFMG – organizando os artesãos que participaram da 10ª Edição da Feira de Artesanato do Vale do Jequitinhonha na UFMG, o Projeto Artesanato Cooperativo utilizou as viagens realizadas ao Vale do Jequitinhonha para aprofundar um diagnóstico sobre as associações participantes. Um primeiro ato para fortalecer o caráter associativista do Vale do Jequitinhonha foi restringir a participação na Feira às associações de artesãos, favorecendo a união e a reintegração dos autônomos e dissidentes.

Após a realização da Feira, as ações do Projeto se focam no auxílio àquelas associações com maiores problemas. Clique para acessar a versão em pdf do Guia de Oportunidades para Associações e Artesãos.



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