sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

FESTIVALE: Medina acolhe a festa da cultura popular do Jequitinhonha, que termina amanhã



Coral Araras Grandes - Araçuaí
 O primeiro FESTIVALE aconteceu na cidade de Itaobim no ano de 1980. Desde então, o festival levanta questões sociais e políticas que remetem diretamente às condições de vida da população regional. Ele é um instrumento de resistência contra a política de destruição da cultura popular e, apesar das dificuldades para a sua produção, resiste ano após ano. Medina, cidade situada no médio Jequitinhonha, com aproximadamente 21.000 habitantes, é a sede do 30º Festivale que ocorre entre os dias 20 e 26 de janeiro de 2013. A cidade, que permaneceu dez anos sem receber o evento, acolhe, com um verão chuvoso, pessoas vindas de diversas cidades do Vale do Jequitinhonha, de Minas Gerais, do Brasil e do exterior.

Durante os seis  dias de evento acontecem feira de artesanatos, mostras teatrais, festival da canção (homenageando, neste ano, Luciano Camargo), noite literária “Adão Ventura”, mostra da cultura popular “Maria Trovão” e shows com artistas renomados do Vale do Jequitinhonha.

Grupo de Teatro Arte Vida - G. Valadares
Jardel Mendes, agente cultural da cidade de Medina e colaborador da comissão organizadora, afirma  que a expectativa para o FESTIVALE “é promover uma discussão sobre as conquistas, dificuldades, avanços e potencialidades que o movimento cultural do Vale conquistou, além de fomentar um diálogo sobre a cultura local”. Para ele, é importante pensar “qual FESTIVALE a gente tinha, qual FESTIVALE a gente tem e qual o FESTIVALE a gente pretende alcançar.”

Abel Sicupira, secretário adjunto da FECAJE – Federação das Entidades Culturais e Artísticas do Vale do Jequitinhonha, ressalta os desafios para realização do 30º Festivale. Ele lembra do pouco tempo que a comissão organizadora teve para  a produção do evento, em comparação às outras edições do festival,  com consequente prejuízo na mobilização e divulgação do evento. Além disso, Sicupira destaca a questão climática das chuvas do mês de janeiro como fator desfavorável para realização de algumas atividades. Mas ele reforça que o FESTIVALE não é um evento “qualquer”. “Medina está recebendo um Festivale de 30 anos, um evento símbolo de resistência cultural do Brasil”.

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