segunda-feira, 18 de junho de 2012

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Fiocruz da Rio+20

O presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, esteve no sábado, 16 de junho, na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, para prestigiar o Espaço Saúde, Ambiente e Sustentabilidade, montado pela Fiocruz, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e o Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) para a realização de debates e a divulgação de publicações sobre ambiente e saúde.

Paulo Gadelha
Em entrevista ao site Saúde Rio + 20, Gadelha explicou que a interface simbiótica entre saúde e ambiente é um campo muito vasto e que a Fiocruz trabalha intensamente algumas áreas consideradas mais relevantes, sempre com o cuidado de pensar maneiras de produzir efeitos significativos. Um eixo importante, segundo ele, é a relação entre o modelo de desenvolvimento e os impactos ao ambiente e à saúde, que envolve desde a discussão mais ampla sobre o modelo até algumas iniciativas de grande de grande porte, como as hidrelétricas em Rondônia e o Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj).

O presidente da Fiocruz também destacou a relevância de estudos sobre as consequências da redução da biodiversidade sobre os mecanismos de produção de emergência de doenças e novos agravos em saúde, tema ainda muito pouco explorado:

“Essa questão é essencial, porque com a escassez de biodiversidade, determinadas zoonoses que tinham um circuito restrito a determinados ambientes passam a ter o homem como hospedeiro e, de zoonoses, tornam-se doenças humanas”, explicou.

Outra questão central, segundo Gadelha, é o uso de agrotóxicos. Ele contou que a Fiocruz está diretamente envolvida com a Campanha Nacional contra os Agrotóxicos e pela Vida e ressaltou que a produção de conhecimento em várias áreas da Fundação permite mostrar a gravidade do quadro nacional.

“Há uma variedade grande de iniciativas muito concretas da Fiocruz como parte da tomada de consciência e militância no combate aos agrotóxicos no Brasil. Participamos da produção de um filme (O veneno está na mesa, de Sílvio Tendler), temos produzido diversas publicações e criamos um mestrado na Escola Nacional de Saúde Pública voltado para a questão ambiental, que enfoca a questão dos agrotóxicos”, enumerou.

Gadelha acrescentou que a Fiocruz está fazendo uma interação forte com o BNDES, buscando agregar questões de saúde e ambiente à visão de portfólio, à postura e ao processo de financiamentos dos investimentos do banco.

“É um vasto mundo, mas estamos trabalhando de maneira bastante estruturada para operar algumas linhas centrais”, concluiu.

Na ocasião, Gadelha confraternizou com o representante da Organização Panamericana de Saúde (Opas/OMS) no Brasil, Carlos Corvalan, e com o vice-presidente de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz, Valcler Rangel Fernandes (foto).

Eles participaram de debate sobre as publicações da Fiocruz e de parceiros em saúde e ambiente. (Marina Lemle / VPAAPS / Fiocruz)

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