Produzir filmes de
curta-metragens educativos sobre nutrição como forma de avaliação. Essa foi à
proposta criada pelo professor do Departamento de Nutrição da Escola de
Enfermagem da UFMG, Rafael Moreira Claro, e executada pelos alunos da
disciplina Nutrição e Saúde Pública, do 6º período do curso, que na tarde da
última sexta-feira, 23, apresentaram seus trabalhos no auditório Maria Sinno da
EEUFMG.
Tratando de temas
distintos, como as diferenças entre produtos diet e light, escolhas alimentares
e saúde materna e infantil, os seis vídeos refletiram questões referentes à
Nutrição de uma forma diferente. “A proposta era que os alunos escolhessem um
dos cerca de dez temas que discutimos durante o semestre, e produzissem um
vídeo que com duração entre 3 e 7 minutos. Junto disso eles estão fazendo um
trabalho teórico, justificando o porque da adoção do tema, qual era a ideia com
o vídeos, quais foram os problemas, como foi a execução e qual foi a conclusão
que eles tiveram”, explicou o professor.
Para Claro, a
atividade demonstra o potencial da criatividade dos alunos. “Essa iniciativa os
impulsiona a pensarem de uma forma não trivial, a terem uma educação
crítico-reflexiva e a desenvolverem ideias além do ambiente da sala de aula,
transformando práticas que são essencialmente teóricas em questões aplicadas.
Eles foram convidados a refletir sobre os temas sabendo que pessoas de fora da
Universidade veriam, então esse exercício é também uma prática de aplicação do
conteúdo e acaba fazendo com que eles se tornem profissionais mais completos”,
comentou.
A ideia do
professor é divulgar os melhores vídeos no Youtube, para permitir que outras
pessoas façam uso dos vídeos para propósitos educacionais, ajudando assim a
melhorar uma demanda que se mostra insuficiente. “Não existem muitos materiais
semelhantes à disposição do grande público. No Youtube, por exemplo, são poucas
as produções de boa qualidade técnica e informativa sobre alimentação e
nutrição. Muito do que existe lá é feito por entusiastas de alimentação, ou
seja, pessoas que têm algum nível de conhecimento técnico, mas sem uma
adequação plena no conteúdo”, ressaltou.
As alunas Júlia Soares, Eduarda Guedes, Ingrid Outeiro e Camila Matos, integrantes do grupo da animação "Ambiente obesogênico e escolhas alimentares''
A aluna Camila
Maria de Matos, 21 anos, integrante do grupo que fez o vídeo '"Ambiente
obesogênico e escolhas alimentares''. Falou sobre o material que
produziram. “Escolhemos esse tema porque o ambiente onde estamos inseridos
favorece o crescimento da obesidade. Questões como os lanches não saudáveis
disponíveis na rua, a falta de tempo para realizar atividades físicas e a
influência da mídia por meio da publicidade demonstram isso. O nosso vídeo
mostra como podemos escapar desse ambiente obesogênico, dando algumas
estratégias e dicas de como as pessoas podem fazer escolhas mais saudáveis”,
explanou.
Para a estudante,
a atividade foi também importante por não se restringir ao ambiente da sala de
aula. “É interessante porque acaba se tornando um meio de mostrar nosso
trabalho para quem está do lado de fora da Universidade e não só para o
professor. É uma maneira de retribuir a sociedade de alguma forma, já que
estamos em uma Instituição pública”, falou.
O professor, que
se surpreendeu com o bom resultado dos vídeos, afirmou que pretende continuar
com esse tipo de atividade. “A ideia é que para o futuro, esses vídeos sirvam
de subsídio para outras atividades e possam ser usados junto à população em
atividades de educação nutricional e sobre diversos temas relacionados à
qualidade de vida. Já no que se refere à Escola de Enfermagem, a intenção é que
os alunos da mesma disciplina do próximo semestre refaçam a atividade, através
de vídeos ou de alguma outra atividade artística. Vamos manter uma avaliação
desse padrão não tradicional dentro da disciplina”, finalizou.
Confira aqui o
vídeo na íntegra
Fonte: Faculdade de Enfermagem da UFMG
Nenhum comentário:
Postar um comentário