quinta-feira, 24 de maio de 2012

Arquivo de Notícias: Debates marcam II Semana de Mobilização em Defesa da Saúde Mental em MT


Debates marcam II Semana de Mobilização em Defesa da Saúde Mental em MT

Os debates deram voz a alunos, profissionais da psicologia e a sociedade civil  sobre a luta antimanicomial. No Brasil, o movimento  teve início nos anos 80, mas em Mato Grosso só começou em 1990. Organizada pelo Conselho Regional de Psicologia da 18° Região de Mato Grosso (CRP18/MT) e entidades que atuam na luta antimanicomial, as atividades prosseguem até sábado (20).

A mostra de vídeos reuniu os documentários “Loucura e sociedade” e  “20 anos de luta por uma sociedade sem manicômio”, uma apresentação sobre o Fórum Intersetorial de Saúde Mental de Mato Grosso e Drogas e Cidadania,  e quatro séries de vídeos produzida pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Apesar da luta antimanicomia contar com 20 anos de história, ainda existem discursos equivocados de que o tratamento deve ocorrer por meio de internações.  A representante do Fórum Intersetorial de Saúde Mental de Mato Grosso, Soraya Miter Simon, considera um retrocesso ao movimento a criação de comunidades terapêuticas. “Nós temos uma história que não precisa ser retomada. Temos a volta da internação de usuários de drogas, em uma situação  novamente  de exclusão”, afirma.

A assessora técnica do Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas (Crepop) do CRP 18/MT, Fabiana Tozi , também faz críticas ao método de tratamento que tem sido implantado. “As comunidades terapêutica de hoje são os manicômios de ontem”, compara.

A II Semana de Mobilização reúne representantes de segmentos da sociedade civil organizada, instituições de ensino superior, acadêmicos e profissionais de psicologia e da área de saúde. Um dos objetivos do evento é ampliar o debate sobre a luta antimanicomial com sociedade e fazer um levantamento da verdadeira situação da saúde mental em nosso Estado. “Existem algumas questões que não se falam como a falta de políticas públicas e de investimentos para a saúde, e em melhorias dos serviços dos  CAPs [Centros de Atenção Psicossocial]”, destaca Soraya Miter. 

O programa de Centros de Atenção Psicossocial também é defendido pelo acadêmico em psicologia do Centro Universitário de Várzea Grande (Univag), Paulo Ricardo Konrath. Ele considera como uma proposta de solução de tratamento que contribui com a inclusão na sociedade.

Já a acadêmica em psicologia  do Univag, Letícia Lopes, ressalta a importância da realização de eventos  com o foco na saúde mental. “Esse debate serve como uma fonte de esclarecimento. Ajuda a tirar um pouco do preconceito que existe na sociedade,” afirma.

Fonte: Expresso MT

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