quarta-feira, 23 de abril de 2014

UFMG discute inserção indígena



Debate sobre inserção dos indígenas em cursos de formação superior na área da saúde e reunião para apresentar reivindicações relacionadas à entrada e à permanência desses alunos na Universidade encerram esta semana atividades promovidas por estudantes indígenas.

A mesa-redonda O indígena na saúde e a saúde do indígena, que será realizada na tarde desta quinta-feira, 24, no auditório na Escola de Enfermagem, vai discutir a organização do subsistema de saúde indígena e também a forma como esse grupo social contribui ou influencia nos processos de incorporação da diversidade cultural nas suas diferentes dimensões, no ambiente universitário e na formação dos estudantes do ensino superior em geral.

As atividades têm início às 14h, no campus campus Saúde (avenida Alfredo Balena, 190, bairro Santa Efigênia, em Belo Horizonte), com mostra de fotografias, canto e filmes sobre a questão indígena. A mesa-redonda acontece das 17h às 19h.

Já na sexta-feira, 25, às 15h, o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi, e outros membros da equipe do Reitorado vão receber comissão composta por estudantes, professores e lideranças indígenas.

A possibilidade de fazer as provas do vestibular na língua de cada etnia, moradia para as comunidades indígenas e criação de conselho consultivo indígena que auxilie a Administração da Universidade na elaboração de políticas específicas são algumas das reivindicações do grupo.

Os eventos são organizados por estudantes indígenas, em parceria com a Comissão de Acompanhamento de Estudantes Indígenas (Caei) da UFMG, coordenada pela professora Lívia de Souza Pancrácio de Errico, do Departamento de Enfermagem Materno Infantil e Saúde Pública.

Como explica a professora Shirley de Miranda, da Faculdade de Educação e coordenadora do programa Formação Intercultural de Educadores Indígenas (Fiei) da UFMG, em abril, por se comemorar no dia 19 o Dia do Índio, as comunidades indígenas costumam realizar eventos que deem visibilidade às suas constantes lutas por sobrevivência e etnodesenvolvimento. “São realizadas comemorações em aldeia, que costumam receber a visita de não-indígenas, numa perspectiva de interculturalidade”, reitera.

A professora da Escola de Música Rosângela Tugny, que desde 2003 pesquisa e divulga a cultura indígena, avalia que o momento atual é “crucial e terrível para os povos indígenas”, que precisam garantir seus direitos.

Para a vice-reitora Sandra Goulart Almeida, a data é adequada para que a Universidade reflita sobre o que já realiza e o quanto ainda pode fazer. “A acolhida aos indígenas é parte da política de uma Universidade que tem no respeito à diversidade um de seus pilares”, destaca a vice-reitora.

Fonte: UFMG

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