terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde


Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde 

Por meio de performances teatrais, musicais, e cortejo feito pelas ruas do Rio de Janeiro, participantes abordam temas como saúde e cuidado

O profano e o sagrado foram lembrados por meio de canções e representações no primeiro dia da Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde, realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 5 de dezembro. Músicos, atores, profissionais de saúde, representantes de movimentos indígenas, negros, religiosos, homossexuais e travestis, entre outros grupos, ocuparam a Candelária – praça localizada no centro da cidade – com performances teatrais e musicais, que mostravam vivências e reflexões sobre saúde e cuidado.

Cortejo na Cinelândia - Foto: Claudio Prata
Um boneco gigante da psiquiatra Nise da Silveira, precursora da ideia de uma atenção mais cuidadosa e humanizada para o doente mental, e um carro abre alas com uma onça pintada puxaram um cortejo que convidava as pessoas e os cidadãos a pensarem sobre saúde. Cantos falavam sobre a importância da paz, da necessidade do respeito às diferenças e de dar voz ao sentimento de inconformidade para transformar uma sociedade doente que está se matando por meio da violência, do stress e pela perda do contato com a capacidade de ser feliz, gentil e cuidadoso.
Boneco Nise da Silveira. Foto: Marcus Plessman

Da praça, localizada próxima a espaços culturais importantes como a Biblioteca Nacional e os teatros Municipal e o de Dança e Música, o cortejo seguiu pelas ruas do centro do Rio até o Palácio Capanema. Sob os pilotis do Palácio, uma feira de saúde e cultura apresentava práticas como reflexologia, auriculoacupuntura, massagem terapêutica e reiki. Algumas Organizações não governamentais mostraram suas atividades como a Mães pela Igualdade, que disponibilizou totens com depoimentos de mulheres sobre a luta pelo respeito aos seus filhos homossexuais. “Meu filho sempre foi discriminado na escola, na escola, na rua, na igreja. A sociedade abre espaços para os gays, mas também tem um enorme preconceito”, disse a representante de Brasília Jacinta Fonte.
Feira e Ocupação - Palácio Capanema. Foto: Claudio Prata

A Escola Municipal Professor Eliseu Paglioli, de Porto Alegre (RS) atende alunos com deficiência intelectual e expôs caleidoscópios feitos em oficinas de educação ambiental, em que são ensinados conceitos de redução, reaproveitamento e reciclagem.  

O segundo dia de atividades foi realizado no campus da Fiocruz, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), com a continuidade da feira saúde e cultura e início das discussões dos grupos de trabalho, sobre os seguintes temas: práticas tradicionais em saúde; práticas integrativas e complementares em saúde; equidade em saúde e cultura; saúde indígena; saúde mental; a arte e o cuidado à saúde (promoção, prevenção e reestabelecimento da saúde); controle social, participação e solidariedade; acesso a conhecimentos e expressões culturais tradicionais e necessidades de formação para apoiar a gestão, os serviços e as práticas na interface saúde e cultura.

Feira Saúde e Cultura na ENSP. Foto: Comunicação Fiocruz

O terceiro e último dia de atividades aconteceu no Instituto Nise da Silveira, trazendo para a prática a articulação entre saúde e cultura. Foi realizada a plenária resultante dos grupos de trabalho organizados no segundo dia de atividades, seguido de um momento de apresentação da Rede, sempre entremeados de manifestações culturais.

Plenária no Instituto Nise da Silveira. Foto: Marcus Plessman

A Semana é promovida pela Fiocruz, por meio da FIOCRUZ Brasília – Programa de Educação, Cultura e Saúde (Pecs) -, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Ensp, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict); pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, (SCDC/MinC); pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão Participativa, pelas Secretarias Estaduais de Cultura e Saúde do Rio de Janeiro, e pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, por meio do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde, com a colaboração de movimentos sociais, entre outros.

Fonte: Portal Fiocruz, com colaboração da Rede Saúde e Cultura Minas Gerais.

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