Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde 
Por meio de performances teatrais, musicais, e cortejo feito pelas ruas do Rio de Janeiro, participantes abordam temas como saúde e cuidado
O profano e o sagrado foram lembrados por meio de canções e representações no primeiro dia da Semana Nacional Ciência, Cultura e Saúde, realizada no Rio de Janeiro entre 3 e 5 de dezembro. Músicos, atores, profissionais de saúde, representantes de movimentos indígenas, negros, religiosos, homossexuais e travestis, entre outros grupos, ocuparam a Candelária – praça localizada no centro da cidade – com performances teatrais e musicais, que mostravam vivências e reflexões sobre saúde e cuidado.
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| Cortejo na Cinelândia - Foto: Claudio Prata | 
Um boneco gigante da psiquiatra Nise da Silveira, precursora da ideia de uma atenção mais cuidadosa e humanizada para o doente mental, e um carro abre alas com uma onça pintada puxaram um cortejo que convidava as pessoas e os cidadãos a pensarem sobre saúde. Cantos falavam sobre a importância da paz, da necessidade do respeito às diferenças e de dar voz ao sentimento de inconformidade para transformar uma sociedade doente que está se matando por meio da violência, do stress e pela perda do contato com a capacidade de ser feliz, gentil e cuidadoso.
| Boneco Nise da Silveira. Foto: Marcus Plessman | 
Da praça, localizada próxima a espaços culturais importantes como a Biblioteca Nacional e os teatros Municipal e o de Dança e Música, o cortejo seguiu pelas ruas do centro do Rio até o Palácio Capanema. Sob os pilotis do Palácio, uma feira de saúde e cultura apresentava práticas como reflexologia, auriculoacupuntura, massagem terapêutica e reiki. Algumas Organizações não governamentais mostraram suas atividades como a Mães pela Igualdade, que disponibilizou totens com depoimentos de mulheres sobre a luta pelo respeito aos seus filhos homossexuais. “Meu filho sempre foi discriminado na escola, na escola, na rua, na igreja. A sociedade abre espaços para os gays, mas também tem um enorme preconceito”, disse a representante de Brasília Jacinta Fonte.
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| Feira e Ocupação - Palácio Capanema. Foto: Claudio Prata | 
A Escola Municipal Professor Eliseu Paglioli, de Porto Alegre (RS) atende alunos com deficiência intelectual e expôs caleidoscópios feitos em oficinas de educação ambiental, em que são ensinados conceitos de redução, reaproveitamento e reciclagem.  
O segundo dia de atividades foi realizado no campus da Fiocruz, na Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), com a continuidade da feira saúde e cultura e início das discussões dos grupos de trabalho, sobre os seguintes temas: práticas tradicionais em saúde; práticas integrativas e complementares em saúde; equidade em saúde e cultura; saúde indígena; saúde mental; a arte e o cuidado à saúde (promoção, prevenção e reestabelecimento da saúde); controle social, participação e solidariedade; acesso a conhecimentos e expressões culturais tradicionais e necessidades de formação para apoiar a gestão, os serviços e as práticas na interface saúde e cultura.
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| Feira Saúde e Cultura na ENSP. Foto: Comunicação Fiocruz | 
O terceiro e último dia de atividades aconteceu no Instituto Nise da Silveira, trazendo para a prática a articulação entre saúde e cultura. Foi realizada a plenária resultante dos grupos de trabalho organizados no segundo dia de atividades, seguido de um momento de apresentação da Rede, sempre entremeados de manifestações culturais.
| Plenária no Instituto Nise da Silveira. Foto: Marcus Plessman | 
A Semana é promovida pela Fiocruz, por meio da FIOCRUZ Brasília – Programa de Educação, Cultura e Saúde (Pecs) -, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), da Ensp, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica (Icict); pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural, (SCDC/MinC); pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão Participativa, pelas Secretarias Estaduais de Cultura e Saúde do Rio de Janeiro, e pela Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, por meio do Núcleo de Cultura, Ciência e Saúde, com a colaboração de movimentos sociais, entre outros.
Fonte: Portal Fiocruz, com colaboração da Rede Saúde e Cultura Minas Gerais.
 
 
 
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