quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Arquivo de notícias: Redução do sódio da indústria alimentícia brasileira


Documento estabelece metas para retirar 8,7 mil toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020

O Ministério da Saúde firmou hoje mais um compromisso para redução do sódio nos alimentos industrializados. Na manhã desta terça-feira (28) o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (ABIA), Edmundo Klotz, assinaram um documento que estabelece metas nacionais para a redução do teor de sódio dos alimentos processados no Brasil. O objetivo é melhorar a dieta dos brasileiros e promover maior qualidade de vida.

A redução será em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais. A estimativa é retirar 8.788 toneladas de sódio do mercado brasileiro até 2020. A iniciativa faz parte do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis, lançado em agosto do ano passado. Esta é a terceira etapa do acordo que o Ministério da Saúde firmou para oferecer alimentos industrializados mais saudáveis, e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas na população, sobretudo, entre os mais jovens.

“Com esse novo termo, pretendemos oferecer um alimento mais saudável, tanto no ambiente familiar quanto nos locais de trabalho. O Brasil se antecipa às ações que a Organização Mundial de Saúde pretende adotar em relação ao sódio. O modelo seguido pelo Ministério da Saúde pode se tornar referência para outros países”, afirma o ministro Padilha.

Nos documentos anteriores, foram contemplados macarrões instantâneos, bisnagas, pão de forma, pão francês, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita/palha, biscoitos e maionese. Somados os três convênios, a previsão é de que até 2020, estejam fora das prateleiras mais de 20 mil toneladas de sódio.

A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam, no entanto, que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários, valor que ultrapassa o dobro do recomendado.

O termo de compromisso estabelece o acompanhamento das informações da rotulagem nutricional dos produtos e as análises laboratoriais de produtos coletados no mercado e da utilização dos ingredientes à base de sódio pelas indústrias.

Edmundo Klotz, presidente da ABIA reconhece a importância do acordo. “A indústria da alimentação sabe da sua responsabilidade em contribuir para a promoção do bem-estar da sociedade, e por isso, investe recursos e energia para melhorar o perfil nutricional dos alimentos processados. Esse termo é apenas mais uma etapa da parceria entre a associação e o Ministério da Saúde, que vem trazendo muitos benefícios à saúde da população brasileira”, reitera.

Qualidade de Vida – O acordo com a indústria faz parte de uma série de ações que promovem a melhoria da qualidade de vida da população hipertensa. Pesquisa realizada com mais de 54 mil brasileiros em 2011 revelou que a hipertensão arterial atinge 22,7% da população adulta. Se o consumo de sódio for reduzido (para a recomendação diária da OMS), os óbitos por acidentes vasculares cerebrais podem diminuir em 15%, e as mortes por infarto em 10%. Ainda estima-se que 1,5 milhão de brasileiros não precisaria de medicação para hipertensão e a expectativa de vida seria aumentada em até quatro anos.

Veja no link da fonte algumas das metas de redução de sódio no Brasil.

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