A Kari-Oca está recebendo os preparativos finais para acomodar cerca de mil indígenas de 19 etnias do Brasil, Japão, Canadá e Nigéria. A aldeia urbana será o centro de debates dos chamados povos originais e está instalado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade.
De acordo com a assessoria de imprensa, as cinco tendas de discussões e atividades culturais estarão finalizadas ainda nesta quarta-feira. Além delas, a Kari-Oca terá alojamentos, refeitório e duas ocas tradicionais das tribos do Alto Xingu — que serão erguidas com vigas de madeira levadas.
Na noite de hoje, será o fogo sagrado, em uma cerimônia que marca sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
Os participantes vão debater, até o dia 22 de junho, temas relacionadas ao meio ambiente e pobreza, por exemplo. Um documento final será produzido seguindo três eixos (cultura como parte essencial da economia verde, soberania alimentar no mundo moderno e sustentabilidade) e, posteriormente, apresentado aos chefes de Estado e governo reunidos na Rio+20.
Em vários países latino-americanos, como o Equador e a Bolívia, os povos indígenas exercem forte influência nas decisões políticas e econômicas. Na Bolívia, por exemplo, é comum que os discursos públicos sejam feitos em espanhol e no idioma indígena predominante. O presidente boliviano, Evo Morales, sempre se dirige com destaque aos que chama de “povos originais”, em referência aos índios.
Fonte: O Globo
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